TECNOLOGIA
Projeto Amazônia 4.0 abre segundo dia de evento do Futurecom em SP
Programa visa melhorar qualidade de vida de comunidades locais por ações educativas e laboratórios criativos
Por Alex Torres*
Com o intuito de melhorar a qualidade de vida das comunidades locais, o projeto Amazônia 4.0 recebe um destaque especial no segundo dia de evento da 23ª edição do Futurecom, maior feira de tecnologia da América Latina, que acontece entre 3 e 5 de setembro, no São Paulo Expo, na capital paulista.
Engenheira eletricista e doutora pela Universidade de São Paulo, Tereza Cristina Melo será a responsável por ministrar a palestra que apresenta o conceito do projeto. A ideia gira em torno de tornar o extrativismo da Amazônia mais benéfico e aproveitar a biodiversidade para oferecer melhor qualidade de vida aos moradores.
"As ações do programa usam tecnologia e educação para garantir que a Amazônia, maior floresta tropical do mundo, seja protagonista na bioeconomia, que, em uma década, deverá representar 2,7% do PIB dos países mais ricos, segundo projeções da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)", afirma Cristina Melo.
Para isso, foi desenvolvido Laboratórios Criativos da Amazônia (LCAs), nos quais cientistas e pessoas de povos tradicionais e indígenas trabalham em parceria para criar produtos a partir do processamento de matérias-primas da Amazônia.
De acordo com a pesquisadora, o projeto consiste em transformar essa matérias-primas em produtos de alto valor agregado pela sua qualidade e rastreabilidade.
"Isto passa por ações de capacitação sobre os recursos naturais disponíveis, feitas diretamente nas comunidades locais, mas também agregando os conhecimentos tradicionais desses povos para o desenvolvimento de soluções inovadoras e disruptivas, estimulando a bioeconomia e o protagonismo dos povos tradicionais e indígenas, além de manter a floresta preservada", completou a pesquisadora e especialista.
Tereza Cristina aponta ainda que o potencial da bioeconomia para o país é imenso. Segundo o estudo global 'Changes in the Global Value of Ecosystem Services', a floresta amazônica de pé pode render até R$ 7 trilhões anuais ao Brasil.
A pesquisadora esteve no evento a convite do Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE), assim como o Portal A TARDE, que cobriu a feira de tecnologia também em parceria com a organização.
*Jornalista cobriu o evento in loco, diretamente de São Paulo
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