ECONOMIA
Receita do Google sobe impulsionada pela publicidade, nuvem e IA
O anúncio de um pagamento de dividendos fez o preço da gigante subir quase 12% nas negociações
Por AFP
A Alphabet, a matriz do Google, faturou mais de US$ 80 bilhões (R$ 413 bilhões, na cotação atual) no primeiro trimestre do ano, com um lucro líquido de US$ 23,7 bilhões (R$ 122,4 bilhões), de acordo com seu relatório de resultados, números muito acima das expectativas do mercado.
A gigante das buscas on-line, que está investindo fortemente em inteligência artificial (IA), também alegrou Wall Street nesta quinta-feira, 25, com o anúncio de um pagamento de dividendos: o preço de suas ações disparou quase 12% nas negociações eletrônicas após o fechamento do mercado.
"O Google levou mais de 15 anos para atingir uma receita anual de US$ 100 bilhões [R$ 516 bilhões]. Nos últimos seis anos, passamos de US$ 100 bilhões para mais de US$ 300 bilhões [R$ 1,55 trilhão] de receita anual", comemorou Sundar Pichai, CEO do grupo norte-americano, em uma conferência para analistas.
Além do crescimento de suas receitas e lucros, o negócio de computação em nuvem da empresa também teve um lucro operacional de US$ 900 milhões (R$ 4,65 bilhões) no período de janeiro a março, em comparação com os US$ 190 milhões (R$ 981 milhões) do mesmo período do ano anterior, e melhor do que os US$ 700 milhões (R$ 3,6 bilhões) esperados pelos analistas.
O YouTube também está indo bem, com a receita da plataforma de vídeo aumentando 20% em relação ao ano anterior, ultrapassando os US$ 8 bilhões (R$ 41,3 bilhões).
"As coisas estão indo bem para o Google. Sua nuvem prosperou, como esperado", reagiu Evelyn Mitchell-Wolf, da Emarketer. "E o YouTube se beneficiou dos investimentos em esportes ao vivo, de uma melhor gestão do problema de bloqueio de anúncios e de uma melhor monetização do Shorts", os vídeos curtos e divertidos copiados do TikTok.
O serviço de streaming "registrou assim sua maior taxa de crescimento em dois anos", acrescentou o analista.
Mas, acima de tudo, o mercado estava atento às indicações de que os investimentos do Google em IA generativa (produção de textos, imagens e outros conteúdos a partir de uma simples consulta em linguagem cotidiana) começavam a dar frutos.
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