"TWITTER INDIANO"
Rede social que viralizou no Brasil, Koo é cheio de polêmicas
Preocupações com o futuro do Twitter fizeram brasileiros migrarem para o Koo
Por Da Redação

Preocupados com o futuro do Twitter de Elon Musk, após uma série de desligamentos em massa dos funcionários da rede social, brasileiros correram em busca de uma alternativa similar ao Twitter e encontraram o Koo, rede social indiana.
Segundo os desenvolvedores, a empresa tem 200 funcionários, mais de 50 milhões de downloads e mais de 7 mil personalidades entre políticos e celebridades. Nas últimas 24h, o Koo recebeu mais de 1 milhão de novos usuários brasileiros.
Apresentada em 2020, o Koo se espalhou rapidamente na Índia em 2021, quando o governo indiano travou uma batalha contra o Twitter.
A plataforma, no entanto, é cercada de polêmicas no seu país de origem. É acusada de promover campanhas do governo e de não combater o discurso de ódio na rede.
Na Índia, a crise da rede social de Elon Musk teve início quando o primeiro-ministro indiano Narendra Modi solicitou que o Twitter bloqueasse contas de agricultores contrários às ações do governo. Segundo a "BBC" o Twitter acatou o pedido de Modi, mas recuou citando "justificativa insuficiente".
O embate entre Twitter e o primeiro-ministro indiano continuou e o governo ameaçou processar os funcionários da empresa com sede na Índia. A situação ficou mais tensa quando as empresas de tecnologia alegaram que uma nova lei local, que exigia que apps identificassem a pessoa que originou determinado conteúdo, iria afetar a liberdade de expressão e a privacidade de usuários.
O WhatsApp também chegou a abrir um processo contra o governo indiano considerando a regra inconstitucional, violando direitos de privacidade das pessoas.
Insatisfeitos com as medidas do Twitter, integrantes do governo Modi e celebridades de extrema-direita migraram em peso para o Koo e, com eles, outros milhões de seguidores indianos, lembra o jornal "The Washington Post".
"Chegamos aos holofotes devido à tensão do Twitter com o governo, mas os usuários logo notaram que podem se expressar em sua língua materna apenas na nossa rede", disse o cofundador do Koo Aprameya Radhakrishna, em 2021, numa entrevista à "Bloomberg".
O discurso de ódio no Koo, foi ampliado por conta da divisão religiosa no país, muitas vezes cercada por tensão, mas também em outras redes, como o Facebook. O Koo é acusado de promover propagandas do governo e de não combater eficientemente o discurso de ódio contra muçulmanos.
"Somos uma plataforma neutra e você não precisa se preocupar com nada disso que você falou. Use-o como se fosse seu", disse o cofundador do Koo, Mayank Bidawatka em resposta a um usuário da rede social que apontava as polêmicas da empresa.
Assim como o Twitter, o Koo permite compartilhar textos, fotos e vídeo, e tem o "Trending Hashtags", que exibe os principais assuntos do dia. Por enquanto, apesar da popularidade no Brasil, o app não está disponível em português.
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