PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO
SEBRAE e SECTI assinam convênios para estimular inovação na Bahia
Termos foram assinados pelo presidente nacional do Sebrae, Décio Lima, e o secretário André Joazeiro
Pensando em promover espaços de participação e interação entre os agentes do sistema estadual de ciência, tecnologia e inovação, a sociedade e o mundo, estimulando ainda mais a produção de conhecimento, a inovação e o empreendedorismo na Bahia, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado da Bahia – (SEBRAE-BA) e a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI) assinaram nesta sexta-feira, 14, convênios de parceria entre os órgãos que vão expandir os investimentos do setor no estado.
A ação visa fortalecer o ecossistema baiano de empresas inovadoras, investindo na cultura empreendedora, no engajamento e visibilidade dessas empresas, como destacou diretor superintendente do SEBRAE, Jorge Khoury, que destacou, inclusive, a ampliação dos investimentos no interior do estado.
O Sebrae tem um trabalho muito grande voltado para os pequenos negócios, a inovação, no estado como um todo e, logicamente, qualquer parceria é significativa para a gente. Quando essa parceria é do Governo do Estado, o resultado é muito maior ainda. Nós temos certeza que é um primeiro passo de um grande trabalho. Eu falei junto com o governador Jerônimo, o secretário André Joazeiro, e eu tenho certeza que isso vai proliferar a fim de que possamos, cada vez mais, estar dando a mão aos pequenos negócios, nosso estado
O presidente do Sebrae, Décio Lima, destacou que o Sebrae Nacional está junto com o Sebrae da Bahia para dar suporte e apoio em parcerias como a firmada com a Secretaria de Ciência e Tecnologia do estado. “Estamos aqui para ampliar o ativismo já existente e consolidar ainda mais a atuação do Sebrae baiano no estado. Estamos aqui para ajudar na geração de emprego e renda. A natureza do Sebrae é de parcerias e as políticas que realizamos serão levadas para todos os municípios do estado”, pontuou.
A parceria também resultará na realização do evento Bahia Tech Experience (BTX), no Parque Tecnológico da Bahia, nos dias 28, 29 e 30 de setembro, que servirá como exibição da cultura startup na Bahia, com os processos de aceleração e incubação.
Incubação de Startups
O primeiro convênio, que tem como alvo startups e micro e pequenas empresas de base tecnológica, é voltado para o Programa de Incubação de Startups e empresas inovadoras de base tecnológica da Bahia, que tem como objetivo desenvolver e estimular o empreendedorismo inovador, fortalecendo e preparando startups para o mercado, oferecendo uma estrutura com suporte de capacitações empresariais.
O processo de incubação já existe desde 2020. Inicialmente, seis cidades baianas serão contempladas: Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, Camaçari, Ilhéus, Entre Rios e Alagoinhas.
O convênio tem validade até agosto de 2025 e estima chegar à incubação de 20 a 40 startups em todo o estado, finalizando o ciclo com a entrega das graduadas e prontas para encarar o mercado e obter financiamento. O valor do contrato é de R$ 1 milhão, oriundo da SECTI, e R$ 442.800 mil, do Sebrae. O programa de incubação já apoia 27 empresas na Bahia.
Tanto o governo federal quanto o governo do Estado da Bahia, Jerônimo Rodrigues e Lula, estão trazendo de volta uma valorização de uma área de ciência, tecnologia e inovação que estava é escanteada há alguns anos. Isso está dando para gente uma oportunidade de retomar essas atividades. É importante dizer que a retomada da valorização da ciência está acontecendo tanto no governo federal como no governo do Estado, e esses projetos vêm nessa linha. Nós já demos, por exemplo, lá e cá, aumento das bolsas dos pesquisadores e agora estamos começando também a fazer investimentos nas empresas inovadoras
“A linha é da interiorização, é valorização do conteúdo lá no interior da Bahia, que também é uma linha do governo do Estado. É todo um projeto que está encadeado para desenvolvimento da ciência e tecnologia no estado da. Bahia e isso vem de uma estratégia maior de desenvolvimento do interior do estado, com industrialização a partir de ciência tecnologia. Startup não é só a tecnologia que a gente já conhece de é aplicativo de celular, mas uma fábrica de doce de umbu que nasceu de uma plantação de umbu, tem uma tecnologia para transformar aquele doce, envasar aquele doce, rotular aquele doce, embalagem e distribuição…isso é ciência e tecnologia chegando na ponta, criando uma agroindústria que é uma startup que pode ganhar o mundo crescer e acontecer no interior”, completou o Joazeiro.
Ações de fomento
O segundo convênio é relacionado às ações de fomento do ambiente e cultura startup e apoio às empresas de base tecnológica da Bahia. Nele, o investimento é de R$ R$ 1.4 milhão da SECTI e R$ 1.4 milhão do SEBRAE.
A iniciativa visa fortalecer a cultura empreendedora para promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios, fomentar o empreendedorismo e fortalecer a economia nacional, através das ações previstas para o estado. O contrato é válido de Julho/2023 à Jan/2024, com meta de promover ações, eventos, trilhas de imersão e de internacionalização, além de ações de aceleração do desenvolvimento das Micro e pequenas empresas de Base Tecnológica e as Startups do Estado da Bahia.
A ideia é fazer com que a gente consiga entender e reconhecer quem é o ator e como eles se relacionam. Como a gente pode fazer com que esse ecossistema passe a trabalhar em rede e produza e conduza o desenvolvimento econômico sustentável da região e fazendo com que a Bahia alavanque em tecnologia e inovação
O Sebrae tem um trabalho muito grande voltado para os pequenos negócios, a inovação, no estado como um todo e, logicamente, qualquer parceria é significativa para a gente. Quando essa parceria é do Governo do Estado, o resultado é muito maior ainda. Nós temos certeza que é um primeiro passo de um grande trabalho. Eu falei junto com o governador Jerônimo, o secretário André Joazeiro, e eu tenho certeza que isso vai proliferar a fim de que possamos, cada vez mais, estar dando a mão aos pequenos negócios, nosso estado
Análise de ecossistemas
O terceiro e último convênio trata de uma análise de ecossistemas de inovação a partir da cadeia de valor de segmentos e qualificação e fortalecimento do ambiente de negócios. O público-alvo deste contrato abrange pequenos negócios tradicionais; pequenos negócios digitais; pequenos negócios de base tecnológica; potenciais empresários e potenciais empreendedores dos seguintes núcleos de inovação: Ilhéus, Camaçari, Entre Rios, Alagoinhas, e Barreiras e Luís Eduardo Magalhães.
Com 15 meses de contrato, contando a partir de Julho/2023 a Outubro/2024, o investimento é de R$ 3.6 milhões por parte da SECTI e R$ 918 mil do SEBRAE.
"Esse trabalho de mapeamento e aperfeiçoamento dos ecossistemas, eles vão gerar resultados que servirão de insumos para um segundo projeto nessa área, que vai direcionar e consolidar planos de implantação de parques tecnológicos nesses municípios listados”, pontuou Marcos Costa, coordenador Executivo do Parque Tecnológico da Bahia.
Inovação
Coordenador de negócios inovadores do SEBRAE Bahia, Tauan Reis destacou os avanços gerados para o estado com a assinatura dos convênios e a importância de mapear os 417 municípios do estado.
“É um sonho nosso que um dia a gente consiga ter os 417 municípios mapeados. Hoje ainda não é possível, mas a gente está caminhando bem e essa parceria com a SECTI, com o governo do Estado, nos dá um potencial de aumentar essa escala muito grande. A nossa velocidade de mapear esses municípios aumenta substancialmente. Então é importantíssimo entendermos a Bahia como um todo, entendemos as regiões, entendermos vocação, potencialidade de cada um desses municípios, de novo para a gente poder ter políticas públicas específicas para cada um desses municípios. É fundamental”, pontuou.
Já Agnaldo Freire, superintendente de inovação da SECTI, disse que acredita no movimento da inovação aberta e numa dinâmica tecnológica voltada para o interior do estado.
O nosso interior do estado tem um potencial muito grande. Os 417 municípios têm características socioeconômicas diferentes, mas em termos de capacidade e potencialidade, a gente acredita muito que podem ser mais bem desenvolvidas. Essa é a aposta que a SECTI tem, é a missão que a gente tem e é o que a gente espera, inclusive com esses 2 importantes convênios que foram firmados
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