Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > TECNOLOGIA
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email

PERIGOS DA EXPOSIÇÃO

Uso de redes sociais por crianças e adolescentes requer atenção

Pesquisa aponta que 93% desses jovens, entre 9 e 17 anos, são usuárias de internet

Por Isabela Cardoso

07/04/2023 - 15:25 h
Em 2021, 78% dos usuários de internet com idades de 9 a 17 anos acessaram alguma rede social
Em 2021, 78% dos usuários de internet com idades de 9 a 17 anos acessaram alguma rede social -

Com o aumento do acesso à internet, as redes sociais se tornaram parte integrante da vida de pessoas em todo o mundo. No entanto, o uso por crianças e adolescentes pode trazer perigos à segurança e bem-estar desses jovens, o que traz a necessidade dos pais acompanharem de perto, impondo limites, como explica Bisa Almeida, educadora e diretora da Escola Experimental.

“A criança e o adolescente precisam de orientação e regulação do tempo de exposição à internet ou redes sociais por parte dos adultos que convivem com eles. Assim como existe um horário determinado para fazer os deveres de casa, ler ou estudar, eles também precisam de um tempo previamente estipulado para usar as tecnologias e ficarem expostos às telas”, disse a profissional.

De acordo com uma pesquisa da TIC Kids Online Brasil, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), apontou que 93% das crianças e adolescentes do país entre 9 e 17 anos são usuárias de internet, o que corresponde a cerca de 22,3 milhões de pessoas conectadas nessa faixa etária.

Em 2021, 78% dos usuários de internet com idades de 9 a 17 anos acessaram alguma rede social, um aumento de 10 pontos percentuais em relação a 2019 (68%). A proporção dessa faixa etária que têm perfil no Instagram avançou de 45% em 2018 para 62% em 2021. E, pela primeira vez, o perfil no Tik Tok apareceu na pesquisa: 58% do público pesquisado declarou ter um perfil nessa rede, ficando à frente do Facebook, com 51%.

Para a pesquisa, foram ouvidas 2.651 crianças e adolescentes de todo o país, com idades entre 9 e 17 anos. O estudo foi realizado entre outubro de 2021 e março de 2022.

Bisa Almeida é educadora e diretora da Escola Experimental
Bisa Almeida é educadora e diretora da Escola Experimental | Foto: Reprodução

Em entrevista ao Portal A TARDE, a educadora Bisa Almeida destacou que o problema do uso das redes sociais por este público está no excesso, já que crianças e adolescentes são seres em formação e precisam ter formas de interação fora das telas.

"Se uma criança fica por muito tempo exposta às telas ou redes sociais, vai criar uma realidade virtual, um mundo paralelo, que não existe na vida real. Ao ficar horas e horas nas redes sociais, as crianças deixam de brincar com os amigos, os adolescentes deixam de construir relacionamentos mais sólidos, pois tendem a ver o mundo de forma simplificada, imediata e superficial", pontuou a diretora.

O corretor de imóveis Antônio Andrade mora em Salvador e tem uma filha de 14 anos. Ele contou que controla o uso das redes sociais pela filha, mas também procura ter uma relação aberta, sem afetar negativamente a liberdade dela.

“A gente controla mais isso, fica no pé dela para que realmente não fique tão dependente assim das redes sociais. Às vezes, a gente observa quem é que ela está se comunicando, com quem é que ela está conversando mais. A gente sempre procura ter essa conversa com ela também para poder não nos esconder nada, ter uma relação mais aberta, principalmente a mãe”, disse Antônio.

Para o corretor, o uso excessivo das redes sociais pelos jovens pode gerar uma certa dependência e abandono de outras atividades mais importantes. “Hoje, os jovens ficam muito tempo nas redes sociais e essa dependência termina tirando o foco de várias coisas que eles poderiam estar fazendo para poder estar crescendo, deixam de estudar, de fazer coisas mais úteis”, completou.

Corretor de imóveis, Antônio Andrade ao lado da esposa e da filha
Corretor de imóveis, Antônio Andrade ao lado da esposa e da filha | Foto: Reprodução

A contadora e decoradora de festas, Roberta Ramos, é mãe de dois filhos, de 3 anos e 19 anos. Com a criança, ela faz um acesso guiado e supervisão de horários para que o uso do celular não afete a rotina. Já para o adolescente, a mãe também supervisiona, mas recorre a diálogos sobre os possíveis riscos das redes sociais.

“Para o adolescente, tento não ser invasiva, explico, dou conselhos. Em contrapartida, fico sempre observando, mas não acesso sem permissão. Já pra criança, não é tão impactante porque não tem tanto conhecimento, ele quer mesmo é ver os desenhos. Então não gera nenhum impacto neles dois”, disse a contadora.

Roberta comentou ainda, que também coloca alguns limites em relação à televisão, horário de dormir e tempo de uso no celular. “O adolescente ficou um pouco aborrecido porque eu digo para ele que está na hora de parar de assistir, na hora de dormir, sempre regulo desta forma. O primeiro cenário é não ser invasiva, mas já no segundo é ser mais observadora”, contou.

A bancária Carolina Alves também é mais uma mãe que regula o acesso das redes sociais para a filha. Com 7 anos, a menina usa o celular supervisionada, não tem acesso à Instagram, nem jogos online e usa o TikTok apenas quando a mãe está ao lado.

"As vezes ela reluta, mas sabe que quando digo que é para parar é necessário. Para os adultos já é difícil ter um controle, para uma criança e um adolescente acho muito pior, porque não tem tanta noção ainda das coisa", disse a profissional.

A bancária Carolina Alves e sua filha
A bancária Carolina Alves e sua filha | Foto: Reprodução

Para Carolina, o uso excessivo também é um risco e os perigos dependem das intenções de quem utiliza as plataformas. "A internet tornou as coisas muito mais fáceis e acessíveis a todos, mas junto a isso vem o risco da facilidade para as coisas ruins também", concluiu.

As próprias redes sociais também têm o papel de proteger seus usuários mais jovens. Algumas plataformas já oferecem medidas de segurança, como a verificação da idade dos usuários e a remoção de conteúdo inapropriado.

No Brasil, não há ainda legislação específica sobre o tema. Uma proposta de regulamentação das redes estava prevista para ser entregue mas, por enquanto, cada rede social adota seus próprios mecanismos de proteção.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Cidadão Repórter

Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro

ACESSAR

Siga nossas redes

Siga nossas redes

Publicações Relacionadas

A tarde play
Em 2021, 78% dos usuários de internet com idades de 9 a 17 anos acessaram alguma rede social
Play

Movie Gen: veja como funcionar nova plataforma de criar vídeos da Meta

Em 2021, 78% dos usuários de internet com idades de 9 a 17 anos acessaram alguma rede social
Play

Representantes de startups discutem tecnologia na Bahia; veja o evento

Em 2021, 78% dos usuários de internet com idades de 9 a 17 anos acessaram alguma rede social
Play

Apple lança quatro modelos de iPhone 14

Em 2021, 78% dos usuários de internet com idades de 9 a 17 anos acessaram alguma rede social
Play

Projetos inovadores sofrem com corte de verbas e investimento

x

Assine nossa newsletter e receba conteúdos especiais sobre a Bahia

Selecione abaixo temas de sua preferência e receba notificações personalizadas

BAHIA BBB 2024 CULTURA ECONOMIA ENTRETENIMENTO ESPORTES MUNICÍPIOS MÚSICA O CARRASCO POLÍTICA