TURISMO
Luxo e sofisticação no arredores da Barra da Tijuca
Por Daniela Castro

Na dúvida sobre o que fazer na Barra da Tijuca, uma boa dica é começar pelo começo. Numa época em que tudo aquilo não passava de montanha e areal, o largo da Barra - Barrinha, para os íntimos - ganhava um casarão que se tornaria ponto turístico.
Era 1946 e ali nascia o Bar do Oswaldo, capitaneado por Oswaldo Cardozo, um dos seguranças do ex-presidente Getúlio Vargas. "Meu pai foi a primeira pessoa a trazer telefone, água e luz aqui para a Barra", orgulha-se Rommel Cardozo, que assumiu o comando do negócio após a morte do fundador, em 2000.
Mas a fama de "prefeito" da região não era a única a acompanhar o velho Cardozo. Quem visita o local vai em busca das batidas, o carro-chefe da casa. A bebida surge em doses generosas num copo americano ou pode ser levada para casa em garrafas de até um litro. Dos 14 sabores, amendoim e caju são os campeões.
Luxo só
Do lado oposto da pitoresca tradição do Bar do Oswaldo, o turista percebe outra vocação característica da Barra da Tijuca. Na paisagem urbana, os shopping centers reinam como opção de lazer, especialmente para os mais abastados.
É o caso do VillageMall, que reúne marcas de luxo como Gucci, Prada, Le Lis Blanc, Versace e Valentino. Lá, não é incomum encontrar preços de cinco dígitos na vitrine. O shopping tem até aroma exclusivo, que é borrifado no ambiente através do sistema de ar-condicionado.
Além das compras, o empreendimento também atrai pela gastronomia. No enxuto mix de restaurantes, estão o Pobre Juan e o CT Brasserie, que carrega a marca do badalado chef Claude Troisgros.
Comida, futebol e balada
Num shopping bem mais modesto, o Barra Garden, está outra opção gastronômica não menos interessante. Trata-se do Gabbiano, que oferece excelente comida italiana com acento contemporêneo. Quem assina os pratos é o simpático e talentoso chef Romano Fontanive.
Em outro shopping, o Barra Point, está o Los Fricks, que aposta numa comida mexicana adaptada ao paladar brasileiro. A comida é apenas razoável, mas a localização às margens da lagoa da Barra da Tijuca compensa.
Escolhendo um ou outro para o almoço, o programa seguinte pode ser futebol. Mas não num estádio e sim no Museu da CBF, que conta a história da Seleção Brasileira de forma lúdica e interativa.
Se for jantar, os amantes de baladas podem guardar energia para esticar até a Pink Elephant. Na filial carioca da boate nova-iorquina, a música eletrônica reina absoluta. Ou melhor, quase.
Nos fins de semana também rolam shows de música pop, funk e sertanejo e a festa pode se estender até as seis da manhã. O combustível para a farra pode ir da cerveja long neck de R$ 15 até o espumante de R$ 230. É coisa para os fortes.
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