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TURISMO

Parou no tempo? Cidade brasileira preserva vida dos anos 50

Cidade mantém tradições, arquitetura colonial e um ritmo desacelerado que lembram os anos 1950

Iarla Queiroz

Por Iarla Queiroz

04/12/2025 - 17:54 h
Goiás Velha mantém hábitos dos anos 50
Goiás Velha mantém hábitos dos anos 50 -

Escondida no interior goiano, a antiga capital do estado — conhecida como Goiás Velha — vive em um compasso próprio, como se tivesse estacionado na década de 1950. Entre ruas de pedra e casas coloniais coloridas, o município conserva uma rotina simples e um forte senso de comunidade que contrasta com o ritmo acelerado de outras regiões do país.

Fundada no século XVIII, às margens do Rio Vermelho, durante o ciclo do ouro, a cidade ganhou forma muito antes da Brasília moderna e da Goiânia planejada. Quando a capital foi transferida, Goiás seguiu seu caminho, fortalecendo o que sempre teve de mais valioso: memória, tradição e arquitetura preservada.

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Patrimônio mundial e um cotidiano que sobreviveu aos avanços tecnológicos

O centro histórico tombado pela Unesco ajudou a proteger o traçado urbano original, as construções de adobe e pau a pique e a atmosfera que atravessa séculos. Com poucas interferências digitais no dia a dia, a cidade mantém hábitos que desapareceram das metrópoles: mercados familiares, feiras onde todos se conhecem e conversas improvisadas na porta de casa.

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Por ali, o som que domina as ruas não vem de telas, mas do rádio — ainda usado por muitos como principal fonte de notícia e entretenimento. É uma vida que mistura simplicidade com pertencimento, e que reforça a sensação de que o tempo, por ali, se recusa a correr.

Cora Coralina, tradições e memória viva

Entre os pontos mais procurados está a Casa de Cora Coralina, transformada em museu e preservada quase como a poetisa deixou. O acervo, mantido com cuidado, abre caminho para entender a relação profunda da escritora com a cidade que a inspirou.

Outra tradição que reforça a identidade local é a Procissão do Fogaréu, que ocupa as ladeiras históricas durante a Semana Santa. Guiado pela luz de tochas, o cortejo mistura fé, história e espetáculo, atraindo visitantes de todo o país.

Sabores, paisagens e um Brasil que insiste em existir

Além do conjunto arquitetônico, Goiás Velha conquista pelo paladar: empadão goiano, doces de tacho e picolés feitos com frutas do cerrado reafirmam a cultura regional. Cada detalhe — da comida ao clima das ruas — ajuda a compor o retrato de um lugar que preserva o que muitos acreditavam ter desaparecido.

Em tempos dominados por telas e pressa, a cidade mostra que parar no tempo não é atraso: é resistência. E, para quem chega, é quase um alívio descobrir que ainda existe um pedaço do Brasil que vive como se fosse ontem.

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