TURISMO
Porto Seguro convida a uma visita ao passado do Brasil
Por Paula Janay | Porto Seguro*

Uma vista panorâmica da cidade à sombra de uma antiga gameleira, árvore da família das figueiras, é o portão de entrada para a Cidade Histórica de Porto Seguro. O destino é uma visita ao passado e conta até a história do Descobrimento do Brasil.
O destaque do primeiro grupamento habitacional do Brasil é o Marco do Descobrimento, trazido de Portugal junto com a frota de Cabral. No centro histórico também podem ser visitadas a Igreja Nossa Senhora da Pena, padroeira da cidade, e a mais antiga Igreja do Brasil, a Igreja Nossa Senhora da Misericórdia, construída em 1526.
Para se aprofundar ainda mais nos caminhos que os portugueses fizeram até chegar ao Brasil, é indicado um tour pela Epopeia do Descobrimento, espaço dedicado para a versão dos portugueses de suas conquistas além-mar. No passeio, é possível visitar uma réplica com 36 metros de comprimento, as mesmas dimensões das naus portuguesas que chegaram em Porto Seguro em 1500. Criado em 2003, o lugar cobra entrada de R$ 10.
Etnoturismo
No mesmo dia, você pode ouvir as duas versões da história brasileira. Perto da Epopeia está a Reserva da Jaqueira, um resquício de como era a vida dos índios antes dos portugueses. Criada em 1998 por três mulheres pataxó, a Reserva da Jaqueira é uma aldeia voltada para visitação. É um exemplo de empreendedorismo da população indígena que recriou a aldeia nos moldes originais.
São 827 hectares de mata nativa, onde a comunidade trabalha, planta, colhe e se dedica ao etnoturismo. Um passeio completo na aldeia pode durar até três horas. O local é de fácil acesso. De carro, são 2 km da rodovia Porto Seguro-Cabrália, logo depois do Barramares. O passeio pode ser agendado através de uma agência de turismo que oferece o transporte.
Uma das três mulheres que criaram a ideia, Nitynawã Pataxó explica que o local hoje é uma forma de sustento da comunidade e de preservação das tradições. "Foi um desafio muito grande, sofremos muito preconceito. Porque a gente é mulher e o preconceito era muito grande. Era difícil para os homens aceitarem", diz Nitynawã. Atualmente, são 30 famílias, cerca de 93 pessoas no total. Ao longo do passeio, os membros da tribo, como o pajé, falam sobre o seu papel na comunidade e sobre os costumes ainda hoje praticados, como os rituais de casamento e os rituais de cura através das plantas.
Para a visitação, o ingresso é R$ 35, com direito a degustação da guaricema, peixe local servido na folha de patioba, um tipo de palmeira da região.
Os jornalistas viajaram a convite da Secretaria de Turismo de Porto Seguro e do Porto Seguro Convention Visitors Bureau
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