VIRADA SALVADOR
"Celeiro de grandes artistas" diz Passapusso sobre show na Boca do Rio
O vocalista da banda revelou ainda um carinho maior pelo bairro
Por Leilane Teixeira
BaianaSystem, uma das bandas mais esperadas no segundo dia do Festival da Virada, falou em entrevista ao Portal A TARDE sobre a felicidade de estar presente pela primeira vez participando no evento desde que o festival foi migrado para a Boca do Rio. Segundo o cantor Russo Passapusso, o bairro é um "celeiro artístico de muita força".
"Eu acredito muito que o para um evento ele ter uma ser completo ele tem que ser público também. A partir do momento que ele é público, ele entende o que está acontecendo ali embaixo e a coisa fica chique. Tenho muita identificação com a região, já morei em alguns lugares aqui na Boca do Rio, de onde saiu minha formação e o importante falar. Salvador é berço de grandes artistas e muitos deles nasceram neste bairro da Boca do Rio. A Praia dos Artistas, por exemplo, com muitos assuntos... esse bairro me traz memórias. Lembro de quando eu ia para praia, andava de um lado para o outro, e ali eu já começava a entender que aqui é um celeiro artístico de muita força. Tem Pacheco, Raimundo Sodré, o próprio Gil, o Grupo Ministério Público do Caurubim , entre outros. Então, a Boca do Rio para mim é importante e mudar o festival para cá foi melhor e mais emocionante" disse.
Terceira banda da noite a se apresentar, a banda falou ainda sobre a potência e tamanho do "Navio" utilizado no carnaval, que arrasta uma multidão. Segundo o guitarrista Roberto Barreto, mais conhecido como Russinho,
"A gente ficou tipo tentando crescer e melhorar o som, inclusive é uma das uma das coisas que a gente vem cada ano festejando junto com os técnicos que cuidam do projeto do Navio Pirata. Muita gente acredita que precisa aumentar de tamanho, mas a gente entende que já tem uma comunicação ali no furdunço e que mesmo que ele não tenha impacto, isso vai chegando nas pessoas através da vibração. A ideia da gente é justamente manter neste tamanho para poder aproximar mais o público. Tem também o lance de respeito com com a educação sonora. A gente preserva muito a ideia de não fazer um som que atrapalhe os trios que vêm atrás ou que esteja na frente. A frequência ajuda, muda naturalmente, ela tem um alcance maior, ela atrapalha o som da frente. Por isso a gente mantém do jeito que está e é por isso que as pessoas também fazem rodas e são muito próximas. A gente consegue dar até uma visualização do público mais próximo, ter um cuidado com o público. Mas o mais interessante era esse conceito mesmo de ter mais gente, que a gente ama. Muitas das vezes as pessoas que estão lá no fundo não estão ouvindo o som, mas elas estão sendo energizadas pelas outras, e isso é lindo" disse em entrevista coletiva.
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