2 DE FEVEREIRO
Iemanjá negra reforça representatividade de celebração histórica
A escultura, que nesta quinta-feira, 2, é rodada por presentes e homenagens
Yéyé Omó Ejá, que na tradução significa "mãe cujos filhos são peixes". Considerada a mãe de quase todos os orixás, Iemanjá tem uma escultura histórica, negra. Ela foi moldada dentro de um dos territoriais mais sagrados do candomblé, o terreiro Ilê Obá L’okê, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador.
A escultura, que nesta quinta-feira, 2, é rodada por presentes e homenagens, chegou ao altar da Colônia de Pescadores Z-01, no Rio Vermelho, no último dia 27.
É o símbolo dos 100 anos da tradição de entrega de presentes para a divindade responsável pelo maior festejo popular do país ligado com as religiões de matriz africana. Metade pexei, metade mulher, ela o símbolo da retomada da valorização da fé, da herança africana, que marca a cidade de Salvador.
A nova escultura tem 1,40 metros de comprimento e foi confeccionada com elementos metálicos, combinados com resina de vidro e de mármore. Assinada pelo artista Rodrigo Siqueira, ela também tem na sua composição conchas e búzios naturais, que foram importados da Indonésia.
A Yakekerê da Casa de Oxumarê, Sandra Bispo, disse ao Portal A TARDE que a Iemanjá negra representa o resgate de toda a tradição religiosa e negra da cidade.
"Algumas pessoas confundiam a Festa de Iemanjá com algo relacionado com bebida, folia. E hoje a gente tem notado o resgate da tradição e força religiosa. A Iemanjá representa a mulher negra, com seios de manequim ou 'fartos', ela representa a mulher e a sua força", disse Sandra Bispo.
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