VESTIBULAR
Bahia avança em iniciativas de produção de jogos educativos

Por Théo Azevedo
A produção de games está espalhada por todos os cantos do Brasil, mas, ao menos uma vez por ano, as principais cabeças pensantes do setor reúnem-se em um local: é durante o SBGames (Simpósio Brasileiro de Jogos de Computador e Entretenimento Digital), cuja edição de 2007 aconteceu na semana passada, em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, celebrando iniciativas que vão muito além da diversão.
Um grupo de 22 estudantes de graduação e mestrado da Bahia, por exemplo, trabalha em Tríade: Igualdade, Fraternidade, Liberdade, um RPG que está previsto para agosto de 2008 e cujo objetivo é ensinar sobre a Revolução Francesa, com direito a batalhas (sem sangue) e finais diferentes daquele conhecido na história.
Para Lynn Alves, professora da Universidade Estadual da Bahia que está à frente do projeto, mais difícil que administrar a verba de R$ 140 mil para viabilizar o jogo, que será distribuído gratuitamente nas escolas, foi convencer alguns historiadores locais a apoiar a iniciativa. “Eles não conseguem admitir que seja possível ensinar história sem um livro”, disse.
O designer Leonardo Costa, também da Bahia, lidera uma equipe de 12 pessoas que, com uma verba de R$ 200 mil, prepara A Turma do Claudinho, aventura utilizada pelo Senai local para ensinar a distância jovens entre 14 e 16 anos.
Cursos – Os cursos de desenvolvimento de jogos no Brasil foram tema de uma mesa-redonda bastante disputada e crítica no SBGames. “Falta ao profissional uma noção da realidade: é como se o engenheiro mecânico se formasse e quisesse criar o próximo carro da General Motors”, disse André Penha, presidente da Abragames (Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos).
Sony – Uma das presenças mais comemoradas na feira foi a de uma caravana com quatro integrantes da Sony Computer Entertainment of America, que compareceu ao evento para dizer que tem interesse em apoiar produtoras e universidades brasileiras. O detalhe é que a divisão de games da Sony, historicamente, nunca deu bola para o país, culpando a pirataria e os altos impostos.
Jogos em Flash – Numa sala escura, uma dose de uísque para o paciente relaxar antes da extração de uma bala de seu braço. Não recomendado a menores de 17 anos, Dark Cut 2 é gratuito e pode ser jogado do navegador.
Similar a Trauma Center (jogo para consoles), segundo os criadores, o jogo tem bom nível de desafio – demanda atenção para resolver tarefas e precisão no manejo do mouse.
O jogo sangrento é uma amostra em Flash que mimetiza sucessos de consoles ou de outras plataformas. Um exemplo claro disso é Portal – The Flash Game , baseado no game Portal. A versão camaleônica foi colocada no site Kongregate uma semana depois do lançamento do irmão mais velho, no mês passado.
No jogo, o usuário tem de driblar obstáculos criando portais de entrada e saída com uma arma. Por exemplo, ele cria um portal de entrada antes de uma parede e um de saída depois da construção. Só no Kongregate, ele já foi disputado cerca de 70 mil vezes.
Outro sucesso dos consoles, Resident Evil também tem sua versão júnior. É o The Last Stand. Os fãs do personagem de maior sucesso da história dos games, Mario, podem conferir seus divertidos mas toscos primeiros momentos. Clicando aqui, é possível jogar uma versão igual ao de Donkey Kong para Atari.
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