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Estudantes divergem sobre a união da Área 1 com a FTE

Por Ronney Argolo

18/01/2008 - 16:44 h | Atualizada em 19/01/2008 - 16:31

Os alunos da FTE e Área 1 vão estudar juntos a partir de fevereiro deste ano. Isso porque as duas faculdades se uniram e se integraram à Faculdade Nordeste (Fanor), com sede em Fortaleza, no Ceará.



Carlos Filgueiras, presidente da Fanor, conta que é um projeto da faculdade se expandir pelo Nordeste. Segundo ele, a Fanor está em negociação com instituições de Teresina, Recife e João Pessoa. "A FTE e a Área 1 foram escolhidas na Bahia, pelo nome que já têm no mercado e pelo bom desempenho no Enade".



O estudante Alexandre Kerckhof, 18, que está no terceiro semestre de direito da FTE, não está gostando nada dessa história. "Eu entrei na FTE, não na Área 1 nem na fusão das duas. Ainda tem uma terceira faculdade atrás disso tudo, a Fanor, que eu nunca ouvi falar na minha vida", reclama.



Os alunos das duas faculdades não foram consultados sobre a fusão. Alguns souberam da notícia por correspondência. Alexandre soube do processo por telefone, quando uma colega leu a notícia no jornal. Segundo ele, ninguém sabe se houve integração, venda ou compra. "Nem os professores sabiam direito o que estava acontecendo".



Alexandre já teve problema com a união das faculdades antes mesmo de as aulas começarem. Quando soube da negociação, decidiu mudar de instituição. Ele entrou com um pedido de transferência na FTE do Rio Vermelho, recebeu os documentos desatualizados e precisou pegar a documentação correta na Paralela, na sede da Área 1. "Estou saindo da FTE por causa dessa fusão. Vou tentar transferência agora, e se não der, faço vestibular de novo no meio do ano. Mas lá eu não fico".



Segundo Aurisvaldo Sampaio, promotor de justiça do consumidor do Ministério Público, o aluno não tem garantido o direito de ter o diploma da faculdade na qual ingressou. "Se as normas do MEC para essa fusão foram observadas, não há problema. No tocante às normas de defesa do consumidor, se a faculdade muda nome ou muda de lugar em momentos apropriados, não no meio do semestre, por exemplo, não existe nada que proíba", explica.



Mudanças - A Fanor afirma que não haverá aumentos na mensalidade. Segundo Carlos Filgureira, os veteranos não terão nenhuma alteração curricular em seus cursos. Já os novos alunos terão novos currículos.



O provável novo currículo não agradou Aline Casé, 26, aluna de engenharia de produção na Área 1. "Vi o novo primeiro semestre. Foi feita a fusão de Química e Ciências do Ambiente, que são duas disciplinas totalmente distintas, reduzindo assim a carga horária dada a ambas. Saiu a disciplina Introdução a Engenharia de Produção, que nos dava uma boa idéia inicial do que é ser um Engenheiro de Produção", conta.



Segundo Filgueira, as mudanças foram elaboradas pela Fanor em parceria com as duas faculdades. "As novas matrizes de ensino têm foco para desenvolvimento de competências. Queremos um currículo mais prático e mais aplicado".



Locomoção - A sede única na Av. Paralela, que vai receber 15 mil alunos, também desagradou Aline, que mora em Pernambués e terá mais dificuldade para chegar à faculdade. Segundo ela, essa é a queixa da maioria de seus colegas.



Para os alunos da FTE, no Rio Vermelho, a Fanor promete disponibilizar um ônibus que fará o transporte gratuito durante o primeiro semestre de 2008. "Mas e depois do primeiro semestre, como eu iria fazer pra estudar sem aumentar meus gastos?", questiona Alexandre, que morava a sete minutos da antiga sede da FTE.



Carlos Filgueira conta que em Fortaleza já há um ônibus especial para os alunos e que se houver demanda em Salvador, o transporte continuará ativo. "Os alunos vão ganhar tanto em estrutura e qualidade que 15 ou 20 minutos a mais no percurso para a faculdade vão valer a pena", afirma.



Esperanças - Alguns alunos gostaram da fusão, como Felipe Arouca, estudante do nono semestre de engenharia elétrica da Área 1. "No início eu fiquei meio surpreso, aconteceu de repente. Mas acho que se unir pra melhorar o nível, é ideal".



Renata Reyes, sua colega de faculdade e de curso, conta que não teme o aumento das mensalidades. "A entrada da Fanor, pelo que os professores comentaram com a gente, minimizaria a possibilidade de aumentar a mensalidade, porque ela entra como investidora. Essa foi uma das justificativas", diz.



Segundo o presidente da Fanor, a expansão da instituição pelo Nordeste cria uma séria de possibilidade. "Teremos intercâmbio e departamento de carreiras com vagas em todo o nordeste para os alunos. Para os colaboradores, teremos mais opções de trabalho".

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