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Incêndio atinge campus da Uerj e alunos ficam sem aulas

Por Agência Globo

01/10/2007 - 16:32 h

Uma fagulha de solda durante uma obra realizada por três operários na Faculdade de Engenharia da Uerj pode ter causado o incêndio que atingiu, hoje à tarde, sete pavimentos de um dos dois prédios do campus da universidade no Maracanã. As labaredas alastraram-se por cinco andares além do térreo e do pavimento parcialmente subterrâneo do Pavilhão Reitor João Lyra Filho. Segundo a assessoria de imprensa da instituição, os gabinetes administrativos das sub-reitorias de Graduação, Extensão e Cultura e Pós-graduação, além da Diretoria de Informática, foram os mais atingidos. Não houve feridos.

As causas do incêndio estão sendo investigadas. Segundo funcionários, que pediram para não ser identificados, a obra esta sendo realizada no quinto andar. A assessoria confirmou a realização de uma pequena obra de manutenção, tocada nos fins de semana como medida de segurança, mas informou que ainda é cedo para apontar as causas do incêndio. Ainda segundo a assessoria, o incêndio, que começou às 15h, só não terminou em tragédia por não haver muitos funcionários nem alunos no local na hora.

Agentes de segurança da universidade foram os primeiros a perceber o incêndio e chamaram o Corpo de Bombeiros, que chegou rapidamente, segundo moradores da região. Homens dos quartéis de Vila Isabel, Maracanã, Caju e do Quartel Central foram acionados. Uma forte ventania durante o combate às chamas dificultou o trabalho dos bombeiros. As labaredas que saíam pelas janelas assustaram moradores da região e atraíram dezenas de curiosos. "Moro em frente à Uerj. Fui para a janela. As chamas estavam enormes, ventava muito e as labaredas subiam pelo prédio", contou Andrea Grillo.

Seguranças da universidade, que não se identificaram, criticaram a direção da instituição dizendo que o campus não tem brigada de incêndio nem alarme e que os próprios agentes são treinados para dar o primeiro combate ao fogo. A direção da Uerj informou que as aulas e as demais atividades no campus do Maracanã estão suspensas por tempo indeterminado, a partir de amanhã, para que o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil investiguem o que provocou o fogo e para que a instituição avalie as perdas causadas. Os demais cinco campus da Uerj — em Caxias, Ilha Grande, Friburgo, Resende e São Gonçalo — funcionarão normalmente.

O fechamento do campus do Maracanã deverá deixar sem aulas grande parte dos 22 mil alunos da instituição, uma vez que no local funcionam mais de 30 cursos de graduação e outros 40 de pós-graduação. Pelo campus Francisco Negrão de Lima circulam cerca de 30 mil pessoas por dia.

O campus do Maracanã também abriga importantes espaços artísticos e culturais, como o Teatro Odylo Costa, filho (que com 1.108 lugares, é o segundo em tamanho do Rio, perdendo apenas para o Teatro Municipal), o Teatro Noel Rosa, a galeria Candido Portinari e a Concha Acústica. No momento do incêndio, estava sendo realizado no Odylo Costa, filho, o Encontro Regional de Estudantes de Direito, que foi suspenso devido ao incêndio. O teatro não foi atingido pelas chamas.

Mas alguns alunos que cuidavam da organização do evento estavam no Diretório Central dos Estudantes (DCE), que fica no Pavilhão Reitor João Lyra Filho, no momento em que as chamas se alastraram pelo prédio. "Vimos uma grande quantidade de fumaça e saímos da sala. Ao vermos o fogo, os agentes de segurança já estavam no local fechando as portas do prédio. Podiam ter trancado a gente lá dentro", disse o estudante de Filosofia Paulo Vitor Assis.

Sem aulas – O reitor da UERJ, Nival Nunes, afirmou que as aulas no principal campus da universidade, na Rua São Francisco Xavier, estão suspensas até a próxima segunda-feira. O projeto UERJ sem muros também está temporariamente cancelado. O vestibular, no entanto, não será prejudicado. O reitor espera o resultado da perícia para se pronunciar quanto à causa do fogo que atingiu a unidade no domingo, mas confirmou que uma obra estava sendo realizada no quinto andar.

Nival também admitiu que algumas portas corta-fogo estavam trancadas com cadeados. A universidade abrirá um processo interno para investigar o incêndio. "Diretores de unidade, chefes de laboratório, fazem cadeados e fecham as portas devido à insegurança do entorno da universidade. Embora tenha uma delegacia na esquina, ocorrem assaltos. Amanhã, às 10h, terei uma reunião com os diretores e gestores para falarmos da logística da UERJ para que tenhamos aulas com segurança", disse Nival.

Quanto à informação de que poderia haver dificuldade para o pagamento da folha de setembro dos funcionários, uma vez que os setores administrativos, inclusive o Proderj, foram atingidos pelo incêndio, o reitor disse que a administração da universidade está reunida para tentar equacionar o problema. "Realmente há um problema no Proderj, mas a parte de computação de grande porte está intacta".

O secretário de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, informou que o Proderj será transferido emergencialmente para o Banerjão, prédio do governo estadual no Centro. "As operações do Proderj não serão afetadas. Estamos criando um grupo de trabalho emergencial e promoveremos a liberação de todas as verbas necessárias para a recuperação da universidade", disse o secretário.

Alexandre Cardoso afirmou também que os peritos ainda não têm certeza da causa do incêndio. Uma fagulha de solda durante uma obra realizada por três operários na Faculdade de Engenharia da Uerj pode ter provocado o fogo, na tarde de domingo, em sete pavimentos de um dos dois prédios do campus no Maracanã. As chamas alastraram-se por cinco andares, além do térreo e do pavimento parcialmente subterrâneo do Pavilhão Reitor João Lyra Filho.

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