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Ufba: Medicina e direito reúnem veteranos

Por Tatiana Mendonça

18/12/2006 - 8:23 h

Os candidatos aos tradicionais cursos de medicina e direito estão concentrados no campus do Canela. Por causa da concorrência, muitos tentam uma vaga pela segunda, terceira vez. Rafaela Melo, 18, que sonha em ser médica, já está no terceiro vestibular. Nos anos anteriores ela ficou de fora por causa da prova de português, e agora está com medo de física. "Sempre complica", disse.



Esse ano ela já passou para a segunda fase da Federal de Goiás e vai fazer todos os vestibulares do Estado para medicina. Para passar na Ufba, ela apostava nas suas pulseirinhas coloridas, que são seu amuleto. Ao contrário do que muitos especialistas recomendam, ela preferia estudar até os últimos minutos antes das provas. "Tenho que estudar para ficar tranquila". Para passar o tempo, e a ansiedade, ela revisava ondas e física quântica.



Gabriel Ricardo Gonçalves, 18, faz vestibular para medicina pela segunda vez. Ele é cotista e sua "manha" é revisar as fórmulas de física e estudar até o último momento. Para ele, o sistema de cotas é excludente, porque "o pobre de verdade nem entra". Por ter estudado no Colégio da PM, ele acha que tem vantagens sobre os outros colégios públicos, mas que não dá para concorrer de igual para igual com os particulares.



A escolha por medicina de Fábio Silva passa pela política. O garoto, que é de Ibiratia, no interior do Estado, resolveu tentar uma vaga no curso mais concorrido da Ufba para seguir carreira política. Ele já cursou biologia na Uesc, mas desistiu do curso. "Meu objetivo é ser médico para ter uma carreira política, ser prefeito. Na minha cidade, só é prefeito quem é médico ou fazendeiro rico". Fábio contou que no seu colégio era preciso fazer grupos de estudo para suprir as carências do ensino. Depois de terminar o curso de medicina, para o qual também diz ter "vocação", quer cursar ciêncais políticas.



Direito



A estudante Indira de Marcena, 21, que tenta uma vaga pelas cotas, achou a prova de ontem fácil e apostava que hoje iria cair história da Bahia. Ela tenta uma vaga em direito pela terceira vez e já foi pra segunda fase antes. No ano passado, ela passou na Uneb, mas ainda espera as aulas começarem. "Quero direito porque essa é a minha vocação". Sobre o recente aumento de salário dos magistrados, ela disse que não sabe qual seria sua posição sobre o caso no futuro, quando já estivesse formada. "Hoje eu sou oprimida e tenho desejo de igualdade. Não sei como vai ser quando eu for opressora... Penso que para conhecer as atitudes de uma pessoa é preciso dar poder para ela".



Deivison dos Santos, que também concorre a uma vaga por cotas, está no seu primeiro vestibular. Para ele, as cotas são o pagamento de uma dívida histórica. "Hoje o que existe é uma concorrência desleal. As cotas são uma maneira de pagar isso, mas o principal é haver uma reforma no ensino". Para ele, os cotistas têm chances porque vestibular "é uma supresa", e o que conta, além do conhecimento, é o controle emocional.



Com informações de Ricardo Sangiovanni

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