Vestibular da Estadual gaúcha está ameaçado

Com 4,5 mil alunos e vestibular previsto para março, a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) está com seu funcionamento ameaçado. A instituição pode ser obrigada a dispensar professores que não sejam concursados. O problema é que não restaria quase ninguém para lecionar: nenhum dos 200 docentes é nomeado e pelo menos dois terços sequer foram aprovados em concurso.



O destino deles está nas mãos da Justiça, que julga ação do Ministério Público Estadual. O MP exige que somente concursados dêem aula na universidade. Considerada a atual situação uma "afronta ao princípio da moralidade administrativa". Em caráter liminar, o desembargador Luiz Felipe Brasil Santos, do Tribunal de Justiça do Estado (TJ), atendeu, na segunda, o pedido do MP de proibir a contratação emergencial de professores. O julgamento do mérito da ação ainda está em andamento.



Fundada em 2001, a Uergs nunca contou com educadores nomeados depois de aprovados em concurso, embora seja uma instituição pública. Para abrir a universidade, o governo do Estado autorizou a contratação emergencial, modalidade prorrogada desde então.