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VOLTA ÀS AULAS

O mercado de trabalho em um futuro de mudanças

Confira artigo de Ricardo Lima, Gerente do ITED — Unidade de Inovação e Tecnologias Educacionais do SENAI-BA

Por RICARDO LIMA*

10/02/2025 - 6:30 h
Ricardo Lima - ITED
Ricardo Lima - ITED -

O mercado de trabalho é um espaço de convivência multigeracional. Nos últimos anos, temos assistido ao aumento da presença de um novo grupo: os representantes da Geração Z. Formada por jovens nascidos entre 1997 e 2012, a Geração Z traz o diferencial de ser extremamente conectada, prática, autêntica, imediatista, dentre outros aspectos comportamentais.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Inspirare, em 2016, denominada Nossa Escola em (Re)Construção, que tinha como público-alvo estudantes da Geração Z, revela que, na visão destes jovens, a escola dos sonhos deveria ser um espaço inovador, que respeita a individualidade, em que o aprendizado deveria ocorrer sob a mediação da tecnologia e por meio da realização de projetos que envolvam a resolução de problemas com atividades práticas.

Quase dez anos depois, essas demandas estão ainda mais presentes na vida acadêmica e profissional. As tecnologias digitais, soberanas e imprescindíveis no nosso cotidiano, geram mudanças contínuas nos hábitos das pessoas em diversos segmentos. Portanto, o mercado de trabalho não está estanque aos efeitos destas mudanças.

Na Indústria 4.0, isto se traduz por uma crescente presença de tecnologias como inteligência artificial, big data e robotização, aplicadas no dia a dia do processo produtivo. A automatização e o uso da inteligência artificial trouxeram importantes mudanças para a formação profissional. Dessa forma, foi necessário entendê-las e encontrar caminhos na sua aplicação.

No Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), maior instituição de formação profissional do Brasil, as respostas a essas mudanças se deram com a concepção da Situação de Aprendizagem, combinadas com o uso de tecnologias digitais. Trata-se de uma alternativa educacional que adota metodologias ativas com a finalidade de atender aos requisitos do novo perfil profissional para a Indústria 4.0.

O foco está em assegurar a empregabilidade dos futuros profissionais ao oferecer uma formação mais conectada às demandas da indústria atual e futura. Mas de que profissional estamos falando? Se a Geração Z pede por mais conectividade e uma experiência de trabalho que atenda ao seu desejo por atividades mais criativas e voltadas à solução de problemas, o que fazer para as demais gerações que ainda estão presentes neste mesmo espaço de interação?

A resposta é que o mundo do trabalho, atualmente e cada vez mais no futuro, exige dos profissionais uma capacidade de formação e atualização constantes. O cenário de mudanças e de incertezas, com a substituição, inclusive, do trabalho humano por robôs, requer um profissional preparado para lidar com adversidades. E isso independe de questões geracionais. Se, por um lado, a Geração Z se sente confortável nesse contexto, as demais precisam fazer a sua parte neste processo de adaptação. Pelo menos, é o que apontam documentos como o relatório Manpowegroup, de 2021, e o The Future of Work, de 2018.

O perfil profissional que surge em meio a este ambiente volátil está longe de ser aquele com equipes formadas por especialistas habilitados para realizar tarefas específicas. O mundo do trabalho requer pessoas capazes de desenvolver competências e habilidades socioemocionais: inteligência emocional, autoaprendizado e comunicação; mas também habilidades cognitivas, como criatividade e capacidade de resolver problemas de forma inovadora.

Em paralelo ao desenvolvimento das competências socioemocionais, o mundo do trabalho também será convidado a propor uma formação educacional sólida nas áreas técnica e tecnológica. Às escolas, sejam elas do ensino médio ou de formação técnica, caberá se preparar para desenvolver seus alunos, os futuros profissionais, de forma integral.

O futuro requer um processo de formação em que todos devem atuar de forma criativa, integrada e em contínuo aprendizado. É imperativo suprir a necessidade de avanço constante trazida pela tecnologia e adaptar as bases para assegurar a empregabilidade dos futuros talentos, preparando-os para uma realidade em que a mudança contínua é a única certeza.

* Gerente do ITED — Unidade de Inovação e Tecnologias Educacionais do SENAI-BA

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