"Ameaçava os filhos", diz irmão de enfermeira esfaqueada em Salvador | A TARDE
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"Ameaçava os filhos", diz irmão de enfermeira esfaqueada em Salvador

Família diz que Júlio César Lima não aceitava o fim do relacionamento

Publicado quinta-feira, 25 de abril de 2024 às 20:44 h | Autor: Da Redação
Tatiana Santana deixou dois filhos menores de idade
Tatiana Santana deixou dois filhos menores de idade -

O irmão de Tatiana Santana, vítima de feminicídio na manhã desta quinta-feira, 25, disse que o ex-marido dela, suspeito do crime, ameaçava separá-la dos filhos por não aceitar o fim do relacionamento. O caso aconteceu no bairro de Águas Claras, periferia de Salvador.

Tatiana foi esfaqueada e chegou a ser socorrida para a emergência, mas não resistiu no caminho. O ex-marido dela, identificado como Júlio César Lima, está sendo procurado. 

“Ele não queria aceitar o fim do relacionamento esse tempo todo. Ameaçava os filhos, dizendo que ela não ia mais ver eles. Minha irmã, para não entrar em confronto, deixava com ele. Ela ficava encurralada. Ficava falando para mim 'não sei como vou sair dessa situação'", desabafa Miguel Santana ao Portal A TARDE.

Segundo Miguel, Tatiana e Júlio tiveram um relacionamento de 12 anos, mas não estavam mais juntos há cerca de cinco anos. Ele contou que Tatiana estava construindo uma nova casa para morar para que não precisasse mais visitar Júlio por causa dos filhos.

"A mãe estava viva para esses meninos. Ela só ia na casa dele [suspeito] de dia para ver os meninos e às vezes ficava la. Muitas vezes os meninos precisavam ficar com ele porque ela trabalhava à noite. Ela tinha feito a casa dela, estava toda feliz, só faltava o piso para sair desse sufoco de ser humilhada", diz.

A vítima deixou dois filhos menores de idade, uma menina de 11 anos e um menino de 7. De acordo com Miguel, as crianças eram bastante apegadas à mãe. "As crianças ja viram empurrões, brigas que aconteciam. Eles estão sofrendo muito, imagine perder uma mãe, eram apegados a tudo dela", completa.

O feminícídio está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). 

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