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17/06/2024 às 21:15 - há XX semanas | Autor: Edvaldo Sales

ANÁLISE

“A Casa do Dragão” retorna com morte chocante, luto e vingança

Primeiro episódio da segunda temporada se chama “Um Filho por um Filho”

Embate entre os Verdes e os Pretos ganha novas camadas e promete ainda mais fogo e sangue
Embate entre os Verdes e os Pretos ganha novas camadas e promete ainda mais fogo e sangue -

A tão aguardada segunda temporada de “A Casa do Dragão”, série derivada de “Game of Thrones”, estreou nesse domingo, 16, na Max. Intitulado “Um Filho por um Filho”, o primeiro episódio, escrito por Ryan Condal, que também é showrunner, apostou na cautela, mas com espaço para entregar momentos impactantes e outros extremamente emocionantes. O embate entre os Verdes e os Pretos ganha novas camadas e promete ainda mais fogo e sangue.

>>> “A Casa do Dragão” é renovada para 3ª temporada

ATENÇÃO: Este texto contém spoilers do primeiro episódio da segunda temporada de “A Casa do Dragão”.

O capítulo começa em Winterfell e mostra o filho mais velho da Rhaenyra Targaryen (Emma D'Arcy), Jacaerys Velaryon (Harry Collett), que foi enviado por ela para o norte no final da primeira temporada com a missão de pedir o apoio da Casa Stark à causa da sua mãe em uma guerra pelo trono de ferro que se mostra iminente.

Essa é a primeira vez que Winterfell aparece no programa. É uma sequência curta, mas que consegue mostrar o suficiente para transportar o público para as terras gélidas e, ao mesmo tempo, acolhedora e apresentar um novo personagem: Cregan Stark (Tom Taylor), o antepassado de Ned – personagem importante da primeira temporada de “Game of Thrones” – que é Lorde de Winterfell à época.

A interação entre Jacaerys e Cregan na Muralha – imponente como sempre – é interessante por três motivos. O primeiro é a explicação sobre como funciona o recrutamento dos homens para a Patrulha da Noite. Diferente do que é apresentado em “GOT” – em que ir para a Patrulha funciona mais como uma sentença –, em a “A Casa do Dragão” é dito que se trata muito mais de uma questão de honra. Essa versão se mostra mais interessante.

Jacaerys Velaryon e  Cregan Stark em Winterfell
Jacaerys Velaryon e Cregan Stark em Winterfell | Foto: Reprodução | Max

O segundo é a reação do príncipe ao se deparar com a imensidão que está além do gigantesco bloco de gelo que separa o povo de Westeros dos perigos do outro lado – o principal deles é a “morte”, nas palavras do próprio nortenho. Já o terceiro é que essa fala tem uma ligação direta com algo que já foi apresentado na série durante uma conversa entre o Viserys I (Paddy Considine) e uma Rhaenyra adolescente na temporada passada, quando o rei fala sobre o Longo Inverno e o dever dos Targaryen na guerra contra os Caminhantes Brancos, ameaça que está além da Muralha.

Na ocasião, ele conta à herdeira que Aegon, o Conquistador, teve um sonho profético sobre a invasão das criaturas geladas. A terrível visão, eventualmente, o inspira a invadir Westeros e unir os Sete Reinos. Viserys também afirma que Aegon batizou a visão de “A Canção do Gelo e Fogo” – o mesmo nome da saga de George R.R. Martin. Segundo o monarca, a única alternativa para a salvação da humanidade é a permanência de um Targaryen no Trono de Ferro.

Luto da Rhaenyra

Emma D'Arcy interpreta Rhaenyra Targaryen
Emma D'Arcy interpreta Rhaenyra Targaryen | Foto: Reprodução | Max

A primeira temporada de “A Casa do Dragão” termina com um dos momentos mais chocantes da história da Casa Targaryen: a morte do segundo filho da Rhaenyra, Lucerys Velaryon (Elliot Grihault) e do seu dragão Arrax após eles serem atacados pela Vhagar, que por sua vez é montada por Aemond Targaryen (Ewan Mitchell). Esse evento é considerado o estopim da Dança dos Dragões.

“Um Filho por um Filho” mostra a Rhaenyra em um processo de luto após aquele acontecimento fatídico, mas que, ao mesmo tempo, é acompanhado por um possível sentimento de culpa, já que a morte de Lucerys aconteceu durante uma missão que ela designou ao jovem. É interessante observar, que, mesmo com apenas uma fala ao longo de todo o episódio, Emma D'Arcy entregou uma das melhores performances usando apenas as expressões faciais.

Emma D'Arcy entrega performance impecável
Emma D'Arcy entrega performance impecável | Foto: Reprodução | Max

Outro ponto alto é a maneira como o texto usa isso para reforçar ainda mais o elo da personagem com a sua dragão, a Syrax. Na cena emocionante em que a Rhaenyra encontra a asa do Arrax e a capa de Lucerys, por exemplo, ao ver a sua montadora chorando, o animal ruge. Algo semelhante acontece no primeiro ano do programa, quando a Targaryen entra em trabalho de parto após receber a notícia da morte do pai. A cena dela gritando de dor é intercalada com a Syrax aflita, dando a entender que ela sentia a dor da Rhaenyra.

Ainda no núcleo dos Pretos, mais duas coisas merecem destaque. Primeiro, o teor dramático da cena em que Jacaerys reencontra a mãe após a morte do irmão e ambos tentam manter uma postura diplomática, mas, compreensivelmente, não conseguem. Além disso, a dinâmica interessante entre Daemon (Matt Smith) e a Rhaenys (Eve Best) é algo que tem potencial para render outros bons momentos recheados de alfinetadas e indiretas – ou diretas mesmo.

E a guerra?

Aegon II (Tom Glynn-Carney) sentado no trono de ferro
Aegon II (Tom Glynn-Carney) sentado no trono de ferro | Foto: Reprodução | Max

Para os ansiosos de plantão, o episódio pode ser frustrante, mas isso deve-se, principalmente, a uma expectativa criada por algumas pessoas. Apesar de parecer um capítulo lento, o texto consegue ser ágil e já mostra a guerra tomando forma. O bloqueio criado pela Rhaenyra é uma prova disso. A ação do lado dos Pretos já começou a interferir na rotina de comércio marítimo e, consequentemente, financeira de Porto Real.

As discussões estratégicas de “Um Filho por um Filho” se destacam nesse sentido também. É nítido que existe uma ânsia - e cautela, que parte de alguns personagens – pelo conflito dos dois lados da guerra que se aproxima. O Daemon representa esse desejo nos Pretos e o Aemond nos Verdes.

Enquanto isso, a Mão do Rei, Otto Hightower (Rhys Ifans), tenta ensinar o neto Aegon II (Tom Glynn-Carney), como um rei deve agir. Esses ensinamentos - com direto a interferência nas decisões do soberano na frente de seus súditos -, é claro, partem de uma ótica muito própria do Otto, o qual, é claro, tem seus próprios interesses. Nesse cenário, Larys Strong (Matthew Needham) ganha mais força como um personagem ardiloso e metódico. A influência dele em relação ao Aegon já foi plantada nesse episódio. E, provavelmente, não vai parar.

Sangue e Queijo

Sangue e Queijo
Sangue e Queijo | Foto: Reprodução | Max

Outro momento muito aguardado – e cruel – da nova temporada de “A Casa do Dragão” era o Sangue e Queijo, que resultou na morte do primogênito do Rei Aegon II com a rainha Helaena Targaryen (Phia Saban), o Jaehaerys, após um plano criado pelo Daemon, que tinha como alvo o Aemond. Isso porque, depois que encontrou a prova de que seu filho realmente havia morrido, a Rhaenyra “pediu a cabeça” do montador de Vhagar.

Para começo de conversa, é preciso deixar claro: Sangue e Queijo não é “o novo Casamento Vermelho”, como foi alardeado nas redes sociais. Longe disso. Até porque não houve tempo necessário para fazer o público se conectar genuinamente com os personagens envolvidos nessa situação. O que tornou os acontecimentos do Casamento Vermelho emblemáticos não foram apenas as mortes chocantes, mas também a conexão do espectador com aquelas vítimas.

Dito isto, a sequência do Sangue e Queijo é sim bem construída, a tensão se faz presente a todo momento, principalmente no momento da escolha e na fuga da Helaena com a Jaehaera. A direção de Alan Taylor, que comandou alguns episódios de “Game of Thrones”, aliado ao trabalho de som, é essencial para tornar o momento marcante.

Alicent vigiada

Arco da Alicent ganha uma nova camada
Arco da Alicent ganha uma nova camada | Foto: Reprodução | Max

Olivia Cooke segue impecável como Alicent. Nesse episódio, as cenas dela com o Comandante da Guarda Real, Criston Cole (Fabien Frankel), estabelece um relacionamento que antes não tinha sido mostrado e que deve ter consequência nos próximos capítulos. O arco dela ganha uma nova camada com a maneira que o seu pai, Otto, a trata durante os conselhos do rei. Alicent percebe que a sua voz é silenciada e vai questionar a Mão do Rei. Mais um pequeno conflito que pode interferir na grande guerra.

Além disso, a vida da personagem na Fortaleza Vermelha se torna ainda mais difícil devido à presença do Larys Strong, que, como supracitado, tem conquistado influência dentro do castelo - suficiente até para “demitir” todos os funcionários da Alicent e trocar por outros. O objetivo não é dito, mas fica claro: todos os passos dela serão vigiados.

Com mais pontos positivos do que negativos, “A Casa do Dragão” retornou com muito muito estilo, roteiro ágil, ótimas atuações e uma cinematografia impecável. Para quem queria a guerra logo de primeira pode ser um pouco decepcionante, mas as articulações já estão acontecendo e as peças desse embate já estão sendo organizadas no tabuleiro. Resta agora esperar para saber o que os próximos capítulos estão reservando.

Assista ao trailer da segunda temporada:

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A Casa do Dragão Fogo e sangue game of thrones luto morte chocante Um Filho por um Filho vingança

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