O AUTO DA COMPADECIDA 2
"Deu medo voltar. Medo e animação", afirma Matheus Nachtergaele
"O Auto da Compadecida 2" estreia em dezembro de 2024
Por Bianca Carneiro e Franciano Gomes
Parte do elenco do filme "O Auto da Compadecida 2" participou da CCXP23, no sábado, 2. Os atores Matheus Nachtergaele, Selton Mello e Taís Araújo foram convidados para falar um pouco sobre a sequência, que chega 20 anos após o filme original.
Os artistascontaram diversas novidades: a primeira é que o filme vai estrear em dezembro de 2024. A segunda é que o longa se passará 25 anos após o filme original e mostrará como a cidade de Taperoá ficou. Para Matheus, a dupla João Grilo e Chicó já está imortalizada no Brasil, mas não foi fácil trazer João Grilo de volta.
"Deu medo voltar. Medo e animação. É que nem você ser um pouquinho o Saci Pererê. Faz parte do imaginário. Então, foi emocionante, forte. Deu desejo de amar o Brasil de novo. Nesses últimos anos, tem uma vontade de gostar, de ser brasileiro, de ver o Brasil de novo".
Intérprete de Chicó, Selton ressaltou a relevância do 'Auto' para a cultura nacional e afirmou que o filme trará muita emoção e arrancará muitos risos.
"É um filme que arrebata, que te dá orgulho, você morre de rir. É hilário, mais uma vez, e é muito emocionante, mais uma vez, numa história original, naquele universo, então, é muito cativante e vocês vão amar", garantiu.
A sequência traz Taís Araújo como Nossa Senhora. A atriz diz que bateu um papo com Fernanda Montenegro, que imortalizou a santa nos cinemas. A proposta, segundo ela, é trazer uma nova versão deste papel tão icônico.
“Eu conversei com a dona Fernanda. A gente conversou sobre a Nossa Senhora e sobre a importância dela ter muitas representações. Ela é a nossa grande dama do cinema brasileiro. Não daria para substitui-la. Então, estamos fazendo uma outra Nossa Senhora”.
A carioca celebrou o fato de estar fazendo uma Nossa Senhora preta e refletiu sobre a representatividade e diversidade no cinema.
“A gente não quer ser preto só de uma única maneira. Isso tira a nossa subjetividade. Não! Nós somos muitos. A sub-representatividade da mulher preta é muito maior, até nos filmes que falam de favela”, disse Taís. “Não é transformar a gente em uma mazela. Nós somos a riqueza deste país”, completou.
*De São Paulo
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