Documentário celebra legados das Afro Latino-Americanas e Caribenhas

O documentário interativo “Afrolatinas: 30 anos em movimentos”, dirigido por Viviane Ferreira, celebra o patrimônio e os legados das Mulheres Afro Latino-Americanas e Caribenhas.

Ele será lançado no Festival Latinidades, que ocorre de 25 a 27 de julho no Museu Nacional, em Brasília. A produção oferece uma experiência imersiva pelos legados das mulheres negras, retratando suas trajetórias e contribuições na luta por equidade de gênero e raça na região.

Na obra, quatorze mulheres ativistas compartilham seus depoimentos, incluindo personalidades como Nilza Iraci, Lucia Xavier, Nilma Bentes, Valdecir Nascimento, Cida Bento, Epsy Campbell e Creuza Oliveira. O documentário conta ainda com depoimentos de outras mulheres ativistas.

Utilizando pesquisa de acervos, entrevistas e recursos digitais, o material combina imagem, texto e som, abrangendo linguagens artísticas como fotografia, artes visuais, literatura, arte urbana, arte-tecnologia e música.

Para Viviane Ferreira, diretora do documentário, o “Afrolatinas” é um manifesto inspirador e um documento histórico que honra o legado dessas mulheres como patrimônios vivos da história. "Queremos honrar o legado e os movimentos dessas mulheres que são patrimônios vivos de nossa história".

O filme também explora a origem e a relevância do “Latinidades”, que se tornou o maior evento dedicado às mulheres negras da região e uma plataforma multilinguagem que promove e gera renda para a produção artística e intelectual de mulheres negras.

Jaqueline Fernandes, CEO do Instituto Afrolatinas, destaca que o “Latinidades” começou como um festival de arte e formação política, evoluindo para um movimento que celebra a potência e as contribuições das mulheres negras, ao mesmo tempo em que cobra políticas públicas.

"Fazemos isso porque aprendemos com as nossas mais velhas. Para mim, contar a história do dia da mulher negra e como ela inspirou a criação do Festival Latinidades é a realização de um sonho".

Com a ajuda de uma plataforma de jogos em realidade virtual, será possível vivenciar os conteúdos do documentário imersos em universos naturais, selecionados a partir de elementos mágicos que simbolizam a mata, a terra e a água.

Usando óculos VR, o público poderá acompanhar depoimentos que revivem a história dos movimentos sociopolíticos em cenários especialmente criados e escolhidos pelas mulheres entrevistadas, de acordo com a paisagem que mais combina com sua trajetória, forma de pensar ou preferência.