GREVE
Hollywood: atores se preparam para greve que irá paralisar produções
A discussão envolve o uso de inteligência artificial e liberdade criativa da classe
Por Da Redação
Enquanto a greve de roteiristas entra no seu terceiro mês, paralisando a produção de diversas séries e filmes, um outro grupo está se preparando para declarar greve.
O Sindicato dos Atores e Artistas de Rádio dos Estados Unidos (SAG-AFTRA) estava esperando a expiração do seu antigo contrato (que ocorreu em 30 de junho) para entrar em uma nova fase de negociações com a Aliança dos Produtores de Filmes e TV (AMPTP), organização que representa grandes estúdios como Disney, Warner e Paramount e os serviços de streaming, como Netflix e Prime Vídeo.
Desde o início de maio, o Sindicato de Roteiristas dos Estados Unidos (WGA) iniciou uma greve com a AMPTP sob diversas demandas que incluem a regulamentação do uso de inteligência artificial na escrita, a condição salarial dos escritores e os direitos autorais sobre as obras.
Apesar de a SAG-AFTRA não ter oficialmente contatado, a WGA para buscar apoio na greve, a Deadline afirma que há diversos membros da WGA que individualmente se ofereceram a apoiar em uma eventual greve. De acordo com o mesmo site, atores estão preparando placas, cartazes, camisetas e selecionando capitães e coordenadores para as passeatas.
As discussões que têm ocorrido entre a SAG-AFTRA e a AMPTP não levaram a um acordo satisfatório para o Sindicato dos Atores, que afirmaram estarem prontos para entrar em greve. A afirmação veio em carta aberta datada de 27 de junho e assinada por mais de 300 atores. Entre eles Meryl Streep, Jennifer Lawrence, Mark Ruffalo e Bob Odenkirk.
Na carta, os atores elogiam e agradecem o trabalho que as lideranças do sindicato têm feito, mas apresentam o receio de que os membros do sindicato possam estar preparados para sacrifícios que as lideranças não estejam, se referindo às dificuldades envolvidas ao entrar em greve.
Entre os pontos principais da discussão estão o uso de inteligência artificial, a liberdade criativa da classe e a imprevisibilidade dos contratos que seguram atores entre temporadas de séries, sem saberem se poderão trabalhar entre as produções.
Os atores membros da SAG-AFTRA escreveram para os líderes do sindicato: “Este é um ponto de ruptura sem precedentes na nossa indústria e o que poderia ser considerado um bom acordo em qualquer outro ano não é suficiente agora. Sentimos que nossos salários, nosso trabalho, nossa liberdade criativa e o poder do nosso sindicato foram todos debilitados na última década. Precisamos reverter essa trajetória.”
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