CONTINUAÇÃO
Ataque à sede do Porta dos Fundos será discutido em audiência
Prédio foi alvo de bombas em 2019
Por Da Redação
O ataque à sede do Porta dos Fundos e a prisão do empresário Eduardo Fauzi, suspeito de participar da ação, serão discutidas na continuação da audiência de instrução e julgamento que acontece nesta quinta-feira, 20, às 14h20. O ataque aconteceu na véspera do Natal de 2019, no bairro de Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro.
O prédio do Porta dos Fundos foi alvo de bombas e teve um princípio de incêndio controlado. A autoria do ataque foi assumida por um grupo, que anunciou se chamar “comando de insurgência popular nacionalista da família integralista brasileira”.
Segundo o jornal Correio Braziliense, três homens encapuzados afirmaram em vídeo que o ato “buscou justiça ao povo brasileiro contra a atitude blasfema, burguesa e antipatriótica”. Nenhum dos integrantes do humorístico estava no local no momento do ataque. Na época, o Porta dos Fundos causou polêmica ao retratar um Deus mentiroso e um Jesus gay em seu tradicional especial de Natal para a Netflix.
“A perícia foi realizada no local, e a equipe do Esquadrão Antibombas arrecadou fragmentos dos artefatos para análise. Diligências estão em andamento para esclarecer o caso”, informou a Polícia Civil na época.
O caso foi registrado na 10ª DP, no bairro de Botafogo, como crime de explosão. Na época, imagens das câmeras de segurança do prédio foram encaminhadas para a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro. As imagens foram analisadas pela perícia e adicionadas ao processo em agosto de 2023. Foram comprovadas as alturas dos indivíduos que foram filmados arremessando itens na sede da produtora. De acordo com o colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, a Justiça também convocou duas testemunhas para próxima audiência.
Empresário preso
O empresário Eduardo Fauzi foi reconhecido em uma das gravações que captaram a ação. Ele teve mandado de prisão expedido pela Justiça em 2020, mas viajou para a Rússia um dia antes. Na época, a Polícia Civil pediu para incluir o nome dele na lista de foragidos da Interpol. Ele foi detido em setembro de 2020 no Aeroporto Internacional de Koltsovo, a quase dois mil quilômetros de Moscou, capital da Rússia. A extradição só foi liberada em janeiro de 2022.
Eduardo passou a responder em liberdade provisória em setembro de 2022. A defesa do empresário pediu a substituição da prisão preventiva pela aplicação de medidas cautelares em decorrência da ausência de testemunhas da acusação.
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