FORÇA NA BAHIA
Agro cresce 4,2% e fecha 2023 com participação de 21,1% na economia
O PIB do agronegócio baiano gerou R$ 88,66 bilhões em ano
Por Da Redação
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio baiano, calculado e divulgado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), totalizou R$ 88,66 bilhões em 2023 e fechou o ano com crescimento de 4,2% e participação de 21,1% na economia baiana. No último trimestre de 2023, o crescimento foi de 3,0%.
De acordo com a SEI, quando comparada a participação do agronegócio na economia baiana em 2023 diante de 2022 observa-se que houve retração de 2,0 pontos percentuais (p.p.) – recuo de 23,1% para 21,1%. Essa queda de participação foi decorrente da redução nos preços dos principais produtos agrícolas do estado, a exemplo da soja, milho, algodão e boi gordo.
Ou seja, a apesar de se ter verificado variação positiva no volume do segmento (4,2%), essa variação não foi suficiente para manter a mesma participação na economia baiana em virtude da queda nos preços ter se dado em maior nível (-7,5%), resultando, portanto, num valor corrente menor que no ano anterior.
João Paulo Caetano, coordenador de Contas Regionais da SEI, explica que os cálculos do setor consideram tudo o que envolve a produção agrícola, desde os insumos ofertados até as indústrias que produzem os alimentos.
"Bebidas de origem do agronegócio até os serviços de transporte, de carga, comercialização, tudo isso envolve o agronegócio. Hoje, esse conjunto de atividades que nós chamamos de agronegócio, representa 21,1% da economia baiana pelos dados de 2023. O agronegócio em 2023 teve um crescimento de 4,2% superior ao crescimento do PIB da Bahia, que foi 1,1%. Ou seja, a gente pode dizer que foi puxado pelo agronegócio. Esse dado de crescimento foi divulgado na semana passada. O agronegócio hoje representa 21,1% da economia baiana, ou seja, de cada R$ 5 que circula na economia baiana, R$ 1 vem do agronegócio", destacou.
Para o coordenador, a região oeste tem uma grande importância para a produção do agronegócio e tem atraído também a produção de cacau e pecuária, atividades que etavam centradas em outras regiões do estado.
"A região oeste é grande promissora, hoje ela é realidade. Então, ela tem um impacto significativo nesse resultado do agronegócio, porque é ali que se encontra toda a produção. A maior parte da produção agropecuária da Bahia, mais de 50% do valor adicionado da produção agropecuária está naquela região. Entre os dez maiores municípios, dois são na região oeste, que são Barreiras e Luís Eduardo Magalhães. Antigamente, esses municípios não figuravam entre os maiores, mas hoje eles estão ali por conta da pecuária, da agricultura e do agronegócio. É claro que os outros também se beneficiam, como São Desidério, Formosa do Rio Preto, Jaborandi e uma série de outros municípios", completou.
Por conta da queda nos preços dos produtos agrícolas, o agregado II, que corresponde exatamente à produção agropecuária, foi o que mais contribui negativamente para a perda de participação do agronegócio, recuando a participação no PIB total de 8,6% em 2022 para 7,5% em 2023. Esse movimento também ocorreu no agregado IV – comercialização e distribuição – que registrou recuo de 9,9% para 9,1%. Por outro lado, os agregados I e II – insumos agropecuários e indústria de base agrícola, respectivamente – registraram ligeiros ganhos de participação.
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