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BAHIA

ABADEF celebra 45 anos de luta e protagonismo da pessoa com deficiência

Em mais de quatro décadas, a instituição se tornou referência através de diversas iniciativas voltadas à comunidade

Carla Melo

Por Carla Melo

19/09/2025 - 14:24 h
Imagem ilustrativa da imagem ABADEF celebra 45 anos de luta e protagonismo da pessoa com deficiência
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Completos 45 anos de existência, a Associação Baiana de Deficientes Físicos (Abadef) se consagra como a maior instituição da Bahia dedicada à luta pela inclusão e acessibilidade das pessoas com deficiência.

Em mais de quatro décadas, a instituição se tornou referência através de diversas iniciativas, incluindo palestras, seminários, cursos de formatação, capacitação profissional e até um bloco de carnaval: o “Me Deixe à Vontade”.

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“Uma história de resistência, uma história de direitos, uma história de um legado muito humano e muito justo pras pessoas. Então, falar sobre os 45 anos é falar sobre cidadania e conquista pras pessoas com deficiência”, disse a presidente da Abadef, Silvanete Brandão, durante celebração do aniversário da associação.

Silvanete Brandão, presidente da Abadef
Silvanete Brandão, presidente da Abadef | Foto: Carla Melo | Ag. A Tarde

O aniversário da associação aconteceu no Instituto Feminino da Bahia, na quinta-feira, 18. A programação contou com homenagens, apresentações culturais e a entrega do “Troféu Parceria 45 anos”, idealizado especialmente para a data festiva. Além da participação de figuras políticas e públicas do cenário baiano.

45 anos de luta

Miraci Alves de Oliveira é uma das 5 mil associadas ao Abadef. Ela conta que há 15 anos decidiu se filiar à instituição e desde então, o grupo se transformou em uma família para ela.

“Eu sou muito grata por ter conhecido essa associação, do qual eu faço parte. Fui bem recebida, bem acolhida e estou lá há 15 anos. Para mim é como se fosse uma família. Aqui temos pessoas com diferentes graus de deficiência, mas não há diferença para a gente. Então quero parabenizar a instituição que nos permite viver com mais dignidade”, falou ela.

Miraci Alves de Oliveira é uma das associadas da Abadef
Miraci Alves de Oliveira é uma das associadas da Abadef | Foto: Carla Melo | Ag. A Tarde

Para Marcelo Zig, superintendente do Direitos da Pessoa com Deficiência, celebrar instituições como a Abadef é também celebrar as conquistas para a comunidade, que ainda não existiam quando a associação foi fundada.

“Muita luta pela frente e, por isso, tão importante também reconhecer e celebrar uma instituição como a ABADEF que está hoje festejando 45 anos de existência em um tempo que não existia a lei de cotas, que não existia a LBI, que não existia a convenção dos direitos da pessoa com deficiência, muitas normativas e legislações que visam garantir o acesso e a permanência da pessoa com deficiência nas cidades e na sociedade. E hoje, a gente ainda percebe que há muito ainda por percorrer, muito por estabelecer e conciliar na convivência das pessoas com e sem deficiência”, disse ele.

Barreiras ainda são grandes

Apesar dos avanços imensuráveis da instituição para a comunidade PcD, os desafios são diários quando se trata de reconhecimento e conquistas de lugares dominados por pessoas sem deficiência. Além dos desafios de infraestrutura e distanciamento em espaços culturais e corporativos, pessoas com deficiência ainda enfrentam capacitismo - preconceito com a pessoa com deficiência.

“A luta contra o capacitismo não é uma luta da pessoa com deficiência isolada que ela tenha que realizar de maneira individualizada, muito pelo contrário. A pessoa com deficiência não criou o capacitismo. A gente fala muito sobre inclusão, mas é importante que a gente reconheça e assuma enquanto sociedade, que se a gente fala de inclusão é porque houve um processo de exclusão. E a gente precisa se relacionar com essa realidade para entender como podemos propor soluções, saídas dessa grande berlinda que a gente se envolveu enquanto sociedade”, continuou o ativista.

O que é e como funciona a ABADEF

Fundada em 02 de setembro de 1980, a Abadef que atualmente conta com mais de 5 mil associados, é descrita pela presidente da associação como espaço de acolhimento, lazer, esporte e promoção da cidadania.

Segundo ela, a pessoa com deficiência pode procurar a associação de segunda a sexta-feira para se cadastrar e conhecer os seus direitos como pessoa com deficiência.

“A gente tem um núcleo de psico-social, assistente social e psicólogo para fazer essa triagem e identificar quais são as demandas que essa pessoa está trazendo para que a gente possa fazer os encaminhamentos corretos”, explica Silvanete Brandão.

Assim como foi a filiação de Emerson Pinheiro, atleta de 29 anos, que teve uma das pernas amputadas em um acidente por um carro em que Cleydson Cardoso Costa Filho, 26 anos, filho da deputada Débora Santana, dirigia.

De acordo com ele, a filiação à Abadef representa uma nova etapa de suporte e pertencimento, onde ele planeja inspirar outros atletas com deficiência.

"Agora eu fico muito feliz por saber que vou pertencer à Associação Baiana dos Deficientes Físicos (Abadef), né? Por todo apoio do pessoal, e no que der eu vou dar meu nome sempre na Abadef, vestir a camisa e sempre representar."

Emerson Pinheiro, o mais novo associado da Abadef
Emerson Pinheiro, o mais novo associado da Abadef | Foto: Carla Melo | Ag. A Tarde

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Tags:

Abadef, Acessibilidade Inclusão pessoas com deficiência

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