IMPACTO NA ECONOMIA
Bahia Meeting debate potencialidades do agronegócio em todo estado
Promovido pelo Grupo A TARDE e o Anota Bahia, evento chegou à sua segunda edição nesta quarta-feira
Por Rafaela Souza
Com enfoque nas questões pertinentes em torno do agronegócio, a segunda edição do Bahia Meeting, evento promovido pelo Grupo A TARDE e o Anota Bahia, reuniu especialistas do setor, empresários, gestores e políticos nesta quarta-feira, 30, no Restaurante Bistrot Trapiche Adega, em Salvador. Entre os temas abordados pelos participantes estão os desafios da inovação tecnológica na área, sustentabilidade, economia e oportunidades de crescimento nos negócios.
De acordo com dados recentes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Bahia tem nove dos cem municípios mais ricos do Brasil no agronegócio, o que corresponde a 20% da sua economia. Para o presidente do Grupo A TARDE, João Mello Leitão, a iniciativa tem o objetivo de fomentar o debate de pautas relevantes não só para o estado, mas para todo o país dentro do segmento.
"O grupo mais uma vez se coloca em uma posição importante que é desenvolver o debate de boas práticas de mercado para mercado com temas de relevância. A gente fica muito feliz e hoje estamos falando de um setor de suma importância para a história do nosso país em termos de economia e geração de emprego", afirmou.
O presidente ainda comemorou a segunda edição do evento, que contou com a participação de diversas autoridades políticas, além de antecipar a continuidade do projeto no decorrer deste ano.
"E hoje a gente vê uma presença de peso, de deputados estaduais que militam e preservam a história do agro no nosso país. [...] É um prazer estar pilotando esse projeto junto ao Anota Bahia, que é uma parceria de muito valor. A gente tem um cronograma para os próximos, é um evento pocket, mas que traz um desdobramento de informação e conteúdo muito denso", pontuou.
Informação
Tendo em vista a atuação e relevância para a comunicação, a diretora do Núcleo Digital do Grupo A TARDE, Caroline Gois, enfatizou a relevância da curadoria dos temas abordados no Bahia Meeting. Na primeira edição, em junho, o evento foi voltado para o debate das Práticas Sustentáveis.
“Falar de agro é falar da válvula propulsora de um setor que coloca a Bahia em destaque nacionalmente e para o mundo também. A TARDE tem esse papel de levar informação, informação de confiança, credibilidade. E não há nada melhor do que levar essa informação ouvindo quem entende do assunto”, declarou.
Além da discussão das potencialidades do agronegócio, o Bahia Meeting trouxe novidades desenvolvidas pelo Grupo A TARDE em relação aos conteúdos do segmento. Gois revelou que o anúncio da retomada do A TARDE Agro, feito pelo presidente João Mello Leitão na abertura do evento, é mais um exemplo de consolidação e atenção aos setores produtivos da Bahia. Segundo ela, o projeto vai contemplar a entrega multiplataforma que vem sendo priorizada pelos veículos do grupo.
“A gente vai retomar, demos esse spoiler aqui no evento, com o produto que faz parte da história do jornal A TARDE, que é o A TARDE Agro. Obviamente, que ele volta agora acompanhando essa entrega de conteúdo que existe hoje em multiplataformas. Então, ele vai existir no audiovisual, no impresso, nos portais. É um pouquinho do que posso falar por enquanto e volta com muita força. E, sem dúvidas, é o pontapé inicial para firmar o retorno de uma marca forte e de um conteúdo que temos muito a explorar e compartilhar com os nossos leitores”, revelou.
O diretor de Relações Institucionais do Grupo A TARDE, Luciano Neves, enfatizou a relevância da atuação para além da produção de conteúdo. Segundo ele, a iniciativa está alinhada ao apoio e reconhecimento do impacto do setor produtivo na economia baiana.
“É um prazer, uma alegria estar nesse segundo Bahia Meeting. Isso mostra o propósito do grupo não somente a geração de conteúdo, de relevância, mas também em apoiar o setor produtivo. Nada maior que o agro, que é um setor importante para o desenvolvimento da Bahia e do país. E que tem crescido, para se ter ideia, o setor cresceu na pandemia cerca de 12% ao ano”, apontou.
Potencial
O presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Odacil Ranzi, enalteceu a atuação e participação das entidades e especialistas do segmento diante dos esforços de divulgação da produção em todo o estado. “É muito importante porque nós temos uma variedade muito grande. Então, esse encontro foi de suma importância para falarmos sobre o desenvolvimento do setor, debater e escutar o que temos para falar sobre o agro enquanto entidades. Foi uma integração muito boa e eu espero que continue. O povo da cidade tem que entender o que é o agro, como funciona, e o impacto positivo na sociedade”, revelou.
Já o presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Luiz Carlos Bergamaschi, falou sobre os desafios e cenário atual em relação ao potencial da fibra natural, além das ações realizadas pela instituição, principalmente com o enfoque na sustentabilidade.
“É muito importante estar aqui e falando de algodão, que é essa fibra natural tão importante para a Bahia e Brasil, poder falar o que nós fazemos, como é feita a produção, a relevância que ela tem no PIB e também na geração de empregos, além das ações que a Abapa tem feito, como treinamento, construções de estradas, entre outras. Tem muitas ações voltadas para a questão da sustentabilidade", pontuou.
Políticas
Presente no Bahia Meeting, o titular da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri), Wallison Tum, falou sobre a parceria entre o governo estadual e federal no fomento e apoio ao agronegócio em todo o estado. O chefe da pasta ainda destacou que é importante que a capital baiana esteja por dentro do que é produzido nos outros 416 municípios.
“Salvador tem que conhecer o que a Bahia produz. É um estado muito grande que produz desde o café no extremo sul ao cacau no sul. É muito importante que a Bahia conheça a Bahia. E o Governo do Estado tem uma parceria com o Governo Federal. E há esse interesse em retribuir e existe o movimento do agro no Brasil. Então, eu diria que o momento da Bahia é do agro. Então, o agro já corresponde a 30% do PIB do estado. E nós temos tudo para ampliar ainda mais, pois não existe outra atividade que gere mais emprego e renda do que a agricultura, a agricultura familiar, o agronegócio”, ponderou.
Para o deputado estadual e presidente da Comissão de Agricultura da Alba, Manuel Rocha (União Brasil), pontuou que é crucial a discussão voltada aos gargalos e potenciais para o desenvolvimento do agronegócio. Sobre a atuação no setor, o parlamentar frisou que o ‘Bahia Meeting é uma oportunidade para fortalecer esse debate no Legislativo’. “Todo debate sobre o setor agropecuário passa pela comissão, onde discutimos todos os projetos que interferem diretamente no pequeno, médio e grande produtor”, apontou.
O deputado estadual Eduardo Salles (PP), que também é presidente da Comissão de Infraestrutura e membro da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), reiterou o potencial e qualidade do agronegócio no estado. Contudo, o parlamentar falou sobre a importância de estimular e fomentar a ampliação da competitividade diante de outros estados do país.
"Sem dúvidas, essa discussão do agronegócio passa pela questão da competitividade. A Bahia tem uma grande competitividade, como a gente chama da porteira para dentro. Então, nós precisamos ter uma competitividade grande da porteira para fora. E o que é isso? É a infraestrutura, a logística, que são pontos fundamentais. Eu sou presidente da Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa e sou membro da Comissão de Agricultura. Elas andam juntas e nós temos feito sessões itinerantes a todas regiões da Bahia conjuntamente porque uma depende da outra. Hoje nós dependemos do escoamento da safra de uma forma fundamental", iniciou.
Salles também apontou que a infraestrutura e logística devem ser priorizadas para garantir a continuidade da excelência dos produtores baianos.
"A nossa competitividade, o quanto a gente vai conseguir naquele produto depende efetivamente do que a gente vai ter de logística e infraestrutura. E nós falamos em ferrovias, rodovias, portos e aeroportos. E isso é fundamental para que a gente possa garantir a continuidade do trabalho que tem sido feito por esses heróis da resistência, que são os agricultores baianos. Nós temos aqui na Bahia, e eu como agrônomo, digo com tranquilidade que somos exemplo de produtividade e qualidade. A Bahia é a maior de uma série de produtos do segmento agropecuário e também a melhor em termos de qualidade”, frisou.
O deputado estadual Niltinho (PP), que é membro da Comissão de Agricultura da Alba, também considerou essencial a promoção de ações que visam o investimento na infraestrutura para a ampliação da agropecuária. O parlamentar ainda defendeu a necessidade da união do poder público nos esforços que podem favorecer o setor.
“O estado tem investido em estrutura que é fundamental para o agro, que é o desenvolvimento de ferrovias, rodovias, para que haja o acesso e escoamento. Também é necessário discutir questões de isenção, que têm sido colocadas em debate com representantes. A gente precisa esquecer da política eleitoral, da que vivemos no ano passado, e entender que a gente tem que estar todos emanados pelo desenvolvimento do nosso estado”, disse.
Aproximação
Para a vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), Carminha Missio, o Bahia Meeting é uma oportunidade para aproximação com a diversidade de negócios, investidores e produtores do segmento, além da atualização de questões pertinentes ao agronegócio, a exemplo dos desafios e usos da tecnologia.
“O evento nos oportuniza grandemente, primeiro, na aproximação em termos de negócios tanto para a cadeia produtiva do agro quanto para aqueles que estão aqui na área urbana e possam estar fomentando nas mais diversas esferas aquilo tudo que a produção rural representa, independentemente, de demanda, sendo ela pequena, média ou grande. Além disso, é uma grande oportunidade de aproximação dos grandes e pequenos produtores, principalmente, para os investidores”, disse.
“A comunicação acelera os negócios. E nós, conforme surgem as tecnologias, precisamos ter as ferramentas para qualificar e informar as pessoas para que elas se tornem eficientes dentro do que elas buscam, seja na pecuária, na indústria, na agricultura. Nós estamos trabalhando para levar isso para toda a cadeia produtiva do agro”, acrescentou.
Assim como a vice-presidente da Faeb, o fundador do Instituto WP, Washington Pimentel Jr, destacou o teor informativo do evento e alcance do público. De acordo com ele, o debate voltado ao agronegócio proposto pelo Bahia Meeting ‘reduz a assimetria da informação para o público’, além de dar visibilidade aos avanços do segmento no estado, considerando a contribuição no cenário nacional.
“Um evento como esse permite e reduz a assimetria da informação para o público consumidor de conteúdo e com o público que interage diretamente com o agronegócio, mas eventualmente não tem a informação precisa. Um evento como esse consegue transmitir conteúdo de qualidade e comunica melhor. Para o mercado baiano, o evento consegue desnudar uma realidade pujante de desenvolvimento nacional e local”, afirmou.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes