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11/05/2023 às 18:50 - há XX semanas | Autor: Da Redação

JUSTIÇA

Advogado de casal torturado em supermercado cobra prisão de seguranças

Walisson dos Reis detalha sofrimento físico e psicológico registrado em vídeo

Advogado explica situação que envolve o caso de tortura em supermercado da Rede Carrefour
Advogado explica situação que envolve o caso de tortura em supermercado da Rede Carrefour -

O advogado do casal negro agredido em supermercado da Rede Carrefour, em Salvador, disse ao Portal A TARDE que vai solicitar a prisão dos seguranças envolvidos na ação criminosa, que chegou a ser mostrada em vídeo. Os acusados que aparecem nas imagens atacaram Jeremias e Jamile após uma suspeita de furto de quatro pacotes de leite.

A declaração foi dada após o acampamento das vítimas para depoimento na 12ª Delegacia de Itapuã, na tarde desta quinta-feira, 11. O caso aconteceu na manhã de sexta-feira, 5, quando a dupla foi agredida e xingada a todo o tempo pelos funcionários, dentro de um cômodo da rede.

“Eles foram vítimas de tortura, foram agredidos com barra de ferro, espancados, ninguém deve aceitar isso. Jeremias foi agredido com barra de ferro nas pernas. Ele está indo para o IML. Todos trabalhavam para o Carrefour, sendo que quatro seguranças estavam armados. Vou pedir a prisão preventiva. Do ponto de vista jurídico, está configurada a tortura qualificada pela cor dele”, disse Walisson dos Reis, advogado advogado do casal.

Tortura psicológica

Acrescentado ao dano causado pelo racismo e pelas agressões físicas, o advogado afirma que as provas envolvidas no caso, que estão apresentadas em vídeo, comprovam o impacto causado por uma tortura psicológica.

“Você teve o sofrimento físico para confessar o furto, mas também o sofrimento psicológico. Pediram para confessar o nome da mãe, onde moravam. Bateram na cara. Praticaram homofobia, pois em determinado momento a vítima ainda foi chamada de ‘vi*do’. Iam colocar o vídeo na internet para ‘servir de exemplo’ [...] Não entendo o motivo deles [os seguranças] ainda estarem soltos”, acrescentou o advogado.

Para Reis, a Rede Carrefour também precisa ser responsabilizada, pois os seguranças estavam trabalhando para a mesma. Além disso, o advogado alega que a empresa tem histórico de práticas relacionadas com agressões e casos apontados como racismo.

Relembre o caso

No vídeo do último dia 5, uma mulher afirma que se chama 'Jamile'. Ela justifica que furtou porque precisava levar leite para a filha. Mesmo confessando, 'Jamile' chega a levar tapas no rosto e é xingada por um dos suspeitos: "tire a mão sua d*sgr*ça”. O segurança também diz: “Tá ligado que aqui tem polícia, né?”.

Já o homem que acompanhava 'Jamile', se identificou como 'Jeremias' e diz no vídeo que é morador de Itapuã. Os agressores ainda forçam o rapaz a falar o nome da mãe, é chamado de “vi*do” e agredido com socos no rosto.

A equipe de segurança e o gerente da unidade do Carrefour, que ainda funcionava como Big Bompreço, foram demitidos no dia do acontecimento, depois do grupo tomar conhecimento do caso.

Resposta

Procurada pelo Portal A TARDE, a Rede Carrefour fez umm comunicado oficial. Veja na íntegra:

"Assim que tomamos conhecimento do caso lamentável, empenhamos de forma imediata todos os esforços para apurar o ocorrido e tomar todas as medidas cabíveis. A primeira delas e fundamental foi, de forma proativa, realizar uma denúncia de agressão e lesão corporal à Polícia Civil, para que esse crime inaceitável seja rigorosamente apurado. Esta denúncia foi registrada eletronicamente, com número de protocolo 2023/0000257096-0, e encaminhada à 12ª Delegacia Territorial - Itapuã.

Esta medida reforça o nosso compromisso de sermos incansáveis no combate a qualquer tipo de violência.Em um vídeo que mostra o fato, é possível identificar que o agressor tem uma tatuagem na mão. No avanço das nossas investigações internas, apuramos que nenhum profissional direto ou indireto que atua na unidade tem essa tatuagem. Mesmo assim, não podemos aceitar que um crime como esse tenha ocorrido em nossas dependências.

Por isso, na própria sexta-feira (5/05), desligamos a liderança e equipe de prevenção da loja. Reforçando nossa tolerância zero com a violência, inclusive nos cargos de gestão. Além de rescindir o contrato com a empresa responsável pela segurança da área externa, onde a violência ocorreu. Assumimos a nossa responsabilidade e tomamos medidas rápidas e duras.

É inadmissível que qualquer pessoa seja tratada desta maneira. É um crime, com o qual não compactuamos. Estamos buscando o contato das vítimas para nos desculparmos pessoalmente, além de oferecer suporte psicológico, médico ou qualquer outro apoio necessário."

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