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Após críticas, Bruno Reis nega troca de nome do Parque do Abaeté

Prefeito diz que projeto de lei pela mudança de nome existe, mas não será aprovado

Publicado sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022 às 17:32 h | Atualizado em 11/02/2022, 18:12 | Autor: Da Redação
O Parque do Abaeté é usado por diversos grupos religiosos
O Parque do Abaeté é usado por diversos grupos religiosos -

Após a manifestação de representantes de religiões de matriz africana, indígenas e ambientalistas na última quinta-feira, 10, o prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), negou que entre o projeto da prefeitura de urbanização das dunas de Itapuã esteja prevista uma mudança de nome do Parque do Abaeté para Monte Santo, como buscam vereadores ligados aos evangélicos. No projeto do verador Isnard Araújo (PL) é solicitada a troca do nome de uma das dunas do parque. 

De acordo com Bruno Reis, existe um projeto de lei que sugeria a mudança de nome de uma parte das região das dunas, mas que não existe a possibilidade do projeto ser aprovado. "Jamais mudaria o nome de um local tradicional e sagrado para todos os baianos", disse o prefeito.

Em um ato no próprio local em que a obra está prevista para acontecer, à margem da Avenida Dorival Caymmi, os manifestantes alegaram que  projeto atende aos interesses dos evangélicos, que teriam passado a se incomodar com a frequência dos filhos de santos nas dunas.

"O respeito com todas as religiões é uma marca da nossa gestão, principalmente de matriz africana...A Salvador que queremos sempre será do diálogo e do respeito com todas as religiões", completou Bruno Reis. 

A urbanização também é alvo de críticas de ambientalistas, que por sua vez, alegam que a obra trará prejuízo à conservação natural do local.

O prefeito de Salvador defendeu a obra e criticou o Governo do Estado de descuido da área. “Esse parque está abandonado, o que a prefeitura quer fazer é preservar esse patrimônio nosso”.

Urbanização do parque

A assinatura da ordem de serviço das obras de urbanização do local aconteceu na última quinta-feira, 10. Apesar diss, não há previsão para o início das intervenções no local. 

O projeto para o local preevê dentre outros objetivos, uma ampla urbanização da área, com instalação de toda a infraestrutura necessária para dar suporte aos frequentadores do lugar, proporcionando mais qualidade, conforto e segurança. 

A intervenção foi pensada para que as atividades rotineiras, dentre elas as religiosas, ocorram em plena consonância com a natureza, de modo a preservar as características originais do local.

Na região, também será instalada um receptivo para dar suporte aos visitantes com informações sobre o monte, e fazendo campanhas educativas de preservação do meio ambiente.

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