SALVADOR
Após mortes na Gamboa, OAB cobrará câmeras em fardas da PM-BA
Também há cobrança por uma investigação transparente e minuciosa do ocorrido
Por Da Redação
Após as mortes de três jovens em uma ação policial na Gamboa de Baixa, na Avenida Contorno, durante a madrugada de terça-feira, 1º, a Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Bahia (OAB-BA) irá cobrar com urgência na instalação de câmeras em viaturas e fardas da Polícia Militar, conforme acontece em outros estados do Brasil e foi prometido pelo governo da Bahia no ano passado.
A OAB-BA comunicou que também irá cobrar da Corregedoria da PM e da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) uma investigação transparente e minuciosa do ocorrido, com o afastamento dos policiais envolvidos na ocorrência e outras medidas de proteção às testemunhas.
As cobranças serão feitas através da Comissão de Direitos Humanos, presidida pelo advogado Eduardo Rodrigues.
O caso
Três pessoas morreram após uma ação da Polícia Militar da Bahia (PM-BA) no Solar do Unhão, comunidade que fica na região da Gamboa, em Salvador, na madrugada de terça-feira, 1º. As vítimas são dois homens jovens e uma mulher que teria deficiência intelectual.
De acordo com relatos de moradores, por volta das 3h, policiais chegaram ao local atirando e jogando gás lacrimogêneo. Os tiros atingiram Alexandre dos Santos, de 20 anos, Patrick Sapucaia e uma mulher de 30 anos. Os três foram socorridos para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiram.
A Polícia Militar alegou que os três foram mortos em uma troca de tiros após terem feito uma pessoa refém.
Os moradores contestaram a versão da polícia e realizaram um protesto na Avenida Lafayete Coutinho, mais conhecida como Avenida Contorno, na manhã de terça-feira. O grupo fechou a pista dos dois lados para pedir o fim da violência policial.
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