2 DE JULHO
Babalorixá chega 4h da manhã para 2 de julho: "Viva a Bahia"
Robson do Agogô tem tradição de comemorar como forma de revenciar seus ancestrais
Por Alex Torres e Felipe Sena
Na Bahia, o dia 2 de julho é o momento de comemorar a independência do Brasil na Bahia, quando o Estado saiu do domínio de Portugal. E é para comemorar esse marco, mas também reverenciar a ancestralidade de um povo que foi liberto de amarras, que o Babalorixá do terreiro de candomblé Ilê Axé Ibece Alaketú, Robson do Agogô, chegou 4h30, vindo da cidade de Cachoeira, no Recôncavo da Bahia, para acompanhar o cortejo.
“Nós temos que reverenciar, levar nosso caboclo, a nossa cabocla, e também nós do povo de matriz africana, independente de cor, raça, etnia ou religião, católico apostólico romano, de dizermos a importância do 2 de julho”, destacou em entrevista ao Portal A TARDE.
Robson também salienta que não é só uma comemoração da Bahia, mas do Brasil. “E também para toda nossa África. Tanto que é uma festa para todos, da independência, então todos nós somos independentes, caminhar, conduzir cada vez mais a ancestralidade, a nossa Bahia, terra do axé e Bahia de Todos os Santos. Axé!”
O Babalorixá também veio para curtir a festa, como bom baiano. “Eu estou muito feliz, porque hoje o samba de barravento vai comer no centro. Viva o caboclo, viva 2 de julho e viva a nossa Bahia”, comemora.
Ancestralidade
Robson explica que segue a tradição por reverência a sua família. “Eu venho celebrando através da minha mães, da minha vó, eu sigo essa tradição pelo meu axé, e temos a responsabilidade de fazer o 2 de julho, 2 de fevereiro [dia de Iemanjá], Senhor do Bonfim, São Lázaro, Santa Bárbara, porque a nossa Bahia, é a Bahia de Todos os Santos”, finaliza.
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