Braço direito de 'CR7' é solto após audiência de custódia; entenda

Um homem suspeito de matar e arrastar o corpo da vítima com uma corda no pescoço, em cima de uma motocicleta, foi posto em liberdade provisória ontem após passar por audiência de custódia. Vinicius Silva dos Santos, tido como braço direito do traficante Cleidson Maia dos Santos, conhecido como 'CR7', seria responsável por comandar a venda de drogas no Bairro da Paz, teria sido preso durante ação da Polícia Militar, na mesma região onde ele atuava, na quinta-feira, 23.

>> Conjunto habitacional em Salvador é alvo de operação da PC; veja

Segundo o autojudicial assinado pela juíza Marcela Moura França Pompet, a decisão acatou a sugestão do Ministério Público da Bahia (MP-BA), sobre a liberdade condicional ser concedida com aplicação de medidas cautelares como o comparecimento periódico à justiça a fim de esclarecer e justificar atividades; ficar impedido de acessar ou frequentar bares, festas de rua ou locais onde à venda de entorpecentes; além de não sair de Salvador; recolha domiciliar à noite e uso de tornozeleira eletrônica.

Envolvido com o tráfico de drogas, Vinícius, que é mais conhecido pelo vulgo 'Benigno', foi flagrado por guarnições da 15ª Companhia Independente da Polícia Militar (15ª CIPM/Itapuã) com drogas e material para venda dos entorpecentes, na rua da Bandeira, no Bairro da Paz. Ele estava com uma bolsa com o material ilícito e ainda tentou fugir ao perceber a aproximação das viaturas, mas foi alcançado e preso.

De acordo com o documento, a magistrada explicou que pela falta de um pedido de prisão preventiva por parte da polícia, ela decidiu pela liberdade provisória, uma vez que, conforme o Código de Processo Penal (CPP), não se pode mais converter prisão em flagrante em preventiva, sem "anterior e formal provocação do Ministério Público, da autoridade policial ou, quando for o caso, do querelante ou do assistente do MP".

A ordem ainda diz que a autoridade judicial levou em consideração que Vinicius estava em gozo de outra liberdade provisória, com medidas cautelares diversas à prisão concedidas em um auto com data de 29 de fevereiro de 2024. "O que exige uma fiscalização mais efetiva do Judiciário", diz trecho do documento. A data do processo citado é de 13 dias depois do homicídio que ele cometeu na rua Sérgio Carneiro, onde a vítima teve uma corda amarrada no pescoço e foi arrastada por uma motocicleta. No entanto, não há confirmação se o auto se trata deste crime.