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SALVADOR

“Campanha difamatória", diz suspeito de abusar da filha de 3 anos

Paulo Souza Filho foi denunciado por violência doméstica e sexual contra ex-esposa e criança

Por Nicolas Melo e Redação

23/07/2024 - 7:20 h
Imagens chocantes mostram o comportamento abusivo de Paulo Souza Filho
Imagens chocantes mostram o comportamento abusivo de Paulo Souza Filho -

Suspeito de abusar física e sexualmente da própria filha de 3 anos, Paulo Roberto Santos de Souza Filho se manifestou publicamente sobre o relato da ex-esposa, Tamires de Sousa Reis. A fonoaudióloga utilizou suas redes sociais para denunciar os supostos maus tratos sofridos pela criança e pedir que as autoridades emitissem uma medida protetiva para a pequena.

Leia também:

>> MP reabre caso do pai suspeito de abusar filha de 3 anos em Salvador

>> Brasil registra um crime de estupro a cada seis minutos em 2023

Por meio de carta aberta, Paulo Souza Filho, que é dono de uma academia de tênis de Salvador, confirmou que viveu, durante os 10 anos de relacionamento que manteve com Tamires, “discussões pesadas”, citadas pela denunciante como uma série de agressões físicas, verbais, patrimoniais e também psicológicas.

No texto de defesa do suspeito, ele afirma estar sendo “vítima de uma campanha difamatória, cruel e irresponsável”, causada por Tamires. Na carta aberta, Paulo atribui a “perseguição” ao fato de ter assumido o relacionamento com sua atual esposa. “A partir dessa data, minha vida virou um inferno”, escreveu.

Leia o texto completo:

Sou Paulo Souza Filho, sou professor de tênis e tenho uma filha de 3 anos a quem eu amo mais do que a mim mesmo. No último ano, venho sendo vítima de uma campanha difamatória, cruel e irresponsável da mãe de minha filha.

Vivemos um relacionamento por 10 anos e, de fato, em muitos momentos tivemos discussões pesadas. Entretanto, nunca, em momento algum, eu a agredi fisicamente.

Após separação, mantivemos relação pacífica por cerca de um ano, onde eu visitava minha filha diariamente, viajávamos juntos, almoçávamos juntos, passamos Natal, Réveillon, e datas comemorativas, tudo no intuito de mostrar a minha filha que, apesar da separação, tinha harmonia e respeito entre nós.

Tudo mudou quando eu assumi publicamente um relacionamento com minha atual esposa e disse a ela que queria ter mais tempo com minha filha.

A partir dessa data, minha vida virou um inferno. No dia em que comuniquei a ela que queria passar mais tempo com minha filha, ela foi à delegacia e registrou uma queixa absurda de abuso sexual de minha filha, solicitou medidas protetivas para ela e minha filha. Desde então, tudo que faço é me defender nesses processos, para provar minha inocência.

A medida protetiva de minha filha foi negada e arquivada, porque ficou provado que não havia nenhum indício da acusação.

No inquérito policial, foram ouvidas as testemunhas, entre elas a babá e a escola, que afastaram qualquer possibilidade de ter ocorrido qualquer tipo de violência contra minha filha. Na semana passada, obtivemos uma decisão liminar que me garantia o direito de guarda compartilhada e de visitas à minha filha. Essa decisão está sendo descumprida, por ela, já que sumiu com minha filha, não leva mais para escola e estou sem qualquer contato e notícia de minha filha.

Diante da questão judicial, como último recurso, ela passou a promover uma campanha difamatória nas redes sociais, me acusando de coisas absurdas totalmente contrárias aos meus princípios éticos e morais.

A verdade é que estou um ano privado do contato com minha filha e tudo que eu quero é voltar a abraçar minha filha, cuidar dela e ser o pai que sempre fui.”

Acompanhe o caso

No domingo, 21, Tamires Reis publicou um relato de aproximadamente 30 minutos denunciando abusos físicos e sexuais que teriam sido vividos pela filha de apenas 3 anos, fruto do seu casamento com Paulo Souza Filho, que durou 10 anos. Após repercussão nas redes sociais, o Ministério Público comunicou a reabertura do caso e a continuidade das investigações.

De acordo com o MP-BA, a decisão foi tomada baseada no recebimento de “informações adicionais, que não haviam sido anexadas ao inquérito policial”. O Ministério também afirmou que foi solicitada à Justiça uma medida de proteção para a criança.

Imagens que mostram o comportamento abusivo do pai da vítima também foram disponibilizadas à imprensa. Em um dos vídeos gravados por um circuito interno de monitoramento, é possível acompanhar uma briga do casal na qual a pauta são marcas de mordidas pelo corpo da bebê.

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Tags:

abuso sexual Crime contra criança e adolescente denúncia Eca estupro Paulo Roberto Santos de Souza Filho Salvador

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