JÚRI POPULAR
Caso Lucas Terra: defesa de pastores cita 'lacunas' em investigação
Defesa de Fernando Aparecido e Joel Miranda iniciou fala por volta das 17h50
Por Leo Moreira
A defesa de Fernando Aparecido e Joel Miranda iniciou a fala no fim da tarde desta quinta-feira, 27, no salão principal do Fórum Ruy Barbosa, no Campo da Pólvora, em Salvador. Logo surgiram os questionamentos sobre as versões de Silvio Galiza. A fala aconteceu após a acusação se pronunciar pouco antes.
Um dos advogados dos acusados, Carlos Humberto Fauaze Filho, apresentou o mesmo vídeo da delação feita por Sílvio Galiza, que a acusação havia mostrado pouco antes. Segundo a defesa, nele, existem lacunas e o autor do crime estaria sendo 'induzido' a realizar a indicação dos Réus como responsáveis.
A estratégia da defesa se baseou em descredibilizar o 'testemunho' de Galiza [feito por vídeo na época da delação] já que, segundo o advogado, teria sido feita sob a promessa do Ministério Público para que ele falasse. Além disso, a defesa apresentou o ex-auxiliar de pastor da Igreja Universal do Reino de Deus como o único culpado pela morte de Lucas Terra.
"Vocês estão sendo convidados a acreditar no homem que matou uma criança de 14 anos. Este homem? A maior testemunha deste processo se chama Lucas Vargas Terra. Ele quem ligou para o pai e disse estava. Estava no Rio Vermelho e estava com este homem".
Durante a apresentação, ainda ele pausou o vídeo algumas vezes e fez comentários. "Ele diz que esta fazendo o vídeo porque o Ministério Público prometeu proteger a família dele".
"Todas essas pessoas têm o direito de ter a dor delas, mas vossas excelências tem a obrigação de, como juízes, expressar a certeza da verdade", falou Faueze.
Ainda durante a argumentação da defesa, o advogado Nestor Taváro, salientou que Silvio Galiza teria acumulado ao menos cinco versões diferentes, e questionou a ausência do condenado no arrolamento da acusação. Neste momento, o promotor Ariomar Figueiredo, titular do caso, interrompeu a fala e perguntou porque a defesa também não colocou Galiza como uma das testemunhas para fazer os questionamentos feito por ele.
O Tribunal do Júri que julga os dois pastores já está no terceiro dia. Ao todo, já foram mais de 36 horas e 15 testemunhas foram ouvidas, sendo cindo de defesa, 10 de acusação (cinco pela parte de Fernando e cinco por Joel). Entre elas, está a mãe de Lucas, Marion Terra, as esposas dos Réus e líderes religiosos da Igreja Universal do Reino de Deus.
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