Fase de debates é aberta com imagens do corpo de Lucas Terra

A primeira parte do debate teve início por volta das 14h50, nesta quarta-feira, 27, no Fórum Ruy Barbosa. Logo, a acusação, através do promotor Davi Gallo apresentou aos jurados um vídeo da delação de Silvio Galiza, condenado pela morte de Lucas Terra. No vídeo, o ex-pastor auxiliar do Rio Vermelho aponta e detalha a suposta participação de Fernando Aparecido e Joel Miranda no crime que chocou o Brasil em março de 2001.

Logo depois, a acusação mostrou fotos do corpo da vítima encontrada carbonizado dentro de um caixote. E apontou os réus como "esses são os aceros de Lúcifer. Dois demônios", exclamou.

"Lucas Terra foi espancado, amarrado, amordaçado, sufocado e queimado vivo", disse Gallo.

Ainda na argumentação, depoimentos das vítimas Tatiane e Martoni, colega que foi na Igreja do Rio Vermelho com Carlos José, pai de Lucas, Fernando e uma outra pessoa, à procura de Lucas, foram lidos por Gallo.

"Senhora e senhores, esse crime foi motivado por lascívia", continuou, ao pedir pela condenação. A previsão é que a fase de debates dure cerca de 9 horas. Depois, os sete jurados se reunirão para decidir o veredito e o destino dos pastores Joel e Fernando.

Marion acompanha considerações da acusação

Após ser impedida, na quarta-feira, 26, de assistir o julgamento de Fernando Aparecido e Joel Miranda, acusados de assassinar seu filho, Lucas Terra, em março de 2001, a mãe da vítima, Marion Terra, pôde enfim entrar no Salão principal do Fórum Ruy Barbosa para acompanhar o que pode ser o 'último capítulo' de uma triste e dolorosa saga que dura mais de 22 anos.

Concentrada, ela escutou atentamente as considerações iniciais da acusação. Na segunda, 25, ela foi uma das cinco testemunhas escolhidas pela acusação para depor no Tribunal do Júri. Em um discurso emocionado, ela falou de sua relação com o filho.

As esposas de Joel e Fernando, que também foram testemunhas (de defesa) no caso, também estão assistindo o Júri.