FESTA
Comemoração dos 60 anos da Feira de São Joaquim começa amanhã
Aniversário será em setembro, mas apresentação de Silvanno Salles abre a programação
Por Amanda Souza
Um símbolo de resistência e vitalidade cultural que representa o que é a Bahia completa 60 anos em 2024. A Feira de São Joaquim, conhecida pela sua diversidade e pela energia pulsante dos seus feirantes, é mais que um mercado: é um ponto de encontro de culturas, um testemunho vivo da história da capital baiana.
Com o lançamento do projeto "São Joaquim: 60 anos de luta e resistência", os organizadores esperam não apenas comemorar o passado, mas também inspirar futuras gerações a valorizar e preservar esta parte tão importante da história de Salvador. A feira nunca foi apenas um lugar de comércio, é também um tesouro cultural que representa a capital baiana.
O aniversário é comemorado em setembro. “Foi em 15 de setembro que o primeiro feirante se instalou aqui na enseada de São Joaquim”, conta o presidente do Sindicato dos Feirantes da Feira de São Joaquim, Nilson Ávila Filho, conhecido como Gago.
Mas as comemorações estão sendo antecipadas e começam neste domingo (14), a partir das 13h, no Píer São Joaquim.
“Começamos no domingo e até setembro vamos realizar diversas atividades, como feiras de artesanato, festival gastronômico e um encontro do recôncavo com a feira de São Joaquim”, explica o presidente do sindicato.
A festa do domingo terá atrações como Eduardo Fora da Mídia, Swing do Fora, Jecinho Ribeiro e um grande filho da feira, o cantor Silvanno Salles, que já passou por lá como vendedor de aipim e agora volta como um grande presente, fazendo uma participação no lançamento desse projeto.
O espaço que se estabeleceu às margens da Baía de Todos-os-Santos para realocar os trabalhadores da feira de Água de Meninos, que pegou fogo em 1964, logo se transformou em um ponto de referência para a compra e venda de produtos variados, desde alimentos frescos até artesanatos, sendo hoje a maior e mais reconhecida da Bahia.
Ao longo de seis décadas, a feira não apenas sobreviveu, mas resistiu a desafios econômicos, urbanísticos e sociais. É neste contexto que o projeto "São Joaquim: 60 anos de luta e resistência" será lançado com festa no próximo domingo.
Filho e neto de feirantes, Gago segue respeitando o legado da família à frente do Bar São Jorge, na Feira de São Joaquim. “Montamos uma programação e tem tudo para ser uma grande festa. Queremos mostrar o legado da feira, valorizar as coisas que produzimos aqui ao longo desses anos”, afirma.
São cerca de oito mil pessoas que vivem direta ou indiretamente do sustento que a feira de São Joaquim oferece. Esses 38 mil metros quadrados que abrigam a maior feira livre da Bahia guardam muitas histórias e há 64 anos são um cartão postal de cores, sabores e aromas da Bahia.
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