LUTO
Corpo da cantora Claudete Macêdo será sepultado neste sábado
Ícone do Centro Histórico, a sambista morreu aos 89 anos, em Salvador
Por Da Redação
O corpo da cantora Claudete Macêdo, morta aos 89 anos nesta sexta-feira, 28, será sepultado na tarde de hoje no Cemitério Quinta dos Lázaros, na Baixa de Quintas, em Salvador. O horário exato ainda não foi confirmado. A causa da morte também não foi divulgada.
A perda repercutiu no meio cultural. O presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, reverenciou a importância da artista para o samba na Bahia.
"Dona Claudete sempre foi pioneira. Cantava por vocação desde criança, em casa, nos batizados, casamentos, festas, rádio, bares, blocos. Ela era a própria música, companheiras inseparáveis, pioneiras na afinação e na ousadia, afinal não era qualquer uma que peitava ser cantora em plena década de 1950. Claudete não só desafiou a sociedade machista da época, como foi ocupando espaços e se transformando num ícone do samba da Bahia. Primeira mulher a cantar no bloco Vai Levando , compositora do Filhos de Gandhi, parceira inseparável do mestre Batatinha, rainha da lendária Cantina da Lua. Viva o Samba! Viva dona Claudete, que sempre será lembrada como o 'retrato fiel da Bahia'.
O jornalista e produtor cultural, Carlos Leal, também lamenta a morte da sambista. Ele classifica a artista como o "retrato fiel da Bahia".
"Sempre fui fã da cantora Claudete Macêdo, desde os tempos que a via cantar dos festejos do Dia do Samba ou às vezes nas festas do Corin-Efan. A partir daí passei a prestar mais atenção ao seu trabalho. Voz forte, mulher mais forte ainda, nem sempre foi lembrada pela mídia como uma das pioneiras da nossa música. Mas foi. Durante a pandemia me veio a ideia de escrever um livro reportagem sobre a nossa cantora, ele continua a todo vapor, mas o meu sonho não será realizado: entregar uma edição a ela", escreveu em artigo publicado no portal A TARDE.
História
Claudete atuou em serviços de alto falantes nos bairros do Pau da Lima e Baixa do Sapateiro, onde se apresentava. Nos anos de 1940 e 1950, também foi atração em programas de auditório e começou a ganhar popularidade. Ela foi contratada em 1962, pela Rádio Sociedade da Bahia, onde ficou por quase 10 anos. A artista ficou muito conhecida com a música "Flor de Laranjeira", tornando-se uma das figuras mais importantes do Centro Histórico de Salvador.
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