SALVADOR
Diretor da Codesal fala sobre risco de chuva de granizo em Salvador
Único registro do fenômeno na capital baiana foi em janeiro de 2020
Por Leo Moreira
A forte chuva que atingiu Salvador entre a noite de segunda-feira, 1, e a manhã desta terça, 2, poderia ter sido ainda pior. Isso porque, além da quantidade de água que castigou bairros na capital baiana, com raios e trovoadas, as condições climáticas também eram favoráveis a formação de chuvas de granizo.
O diretor-geral da Defesa Civil de Salvador (Codesal), Sóstenes Macêdo, falou ao Portal A TARDE sobre o episódio. "É o tipo de fenômeno que ocorreu que gera esse tipo de possibilidade. Então a gente teve chuvas muito vigorosas. Isso tudo se deu por conta do complexo convectivo de mesoescala. Esse CCM, ele pode durar várias horas e geralmente tem como característica essas chuvas extensas, como a gente viu, convectivas, e também trovoadas e raios, o que foi muito característico nesse início de manhã de terça-feira, né? A gente teve muita trovoada. Até 9 horas que teve trovoada na cidade aí", explicou
Chuva de Granizo em Salvador
O único registro de chuva granizo em Salvador aconteceu no dia 1º de janeiro de 2020. Na ocasião, várias imagens começaram a circular nas redes sociais. Sóstenes também explica, apesar de raro na capital baiana, o fenômeno não é tão difícil de acontecer.
"Foi bem interessante o fenômeno climático. E que pode acontecer justamente por conta dessa transformação do líquido em solo nas nuvens de altos níveis, com o calor, a precipitação, você tem esse fenômeno que não é tão difícil de acontecer, mas na nossa realidade, a gente não tem aqui muitos registros históricos", salientou.
Após o episódio desta terça, o representante da Codesal não falou em risco imediato de novas chuvas de granizo, mas salientou que, caso as condições climáticas desta madrugada se repitam, existe uma possibilidade real do fenômeno reaparecer na capital baiana.
Em cerca de três horas, choveu mais de 100mm
Salvador foi atingida por um temporal que teve início na noite desta segunda-feira, 1º, e provocou uma série de alagamentos na madrugada desta terça-feira, 2, em bairros da cidade.
Segundo a Codesal, os bairros mais atingidos foram ondinas (108,8mm), Federação (103,2mm), Campinas de Brotas (95,2mm), Brotas (91mm), Vale das Pedrinhas (87,4mm), Pernambués (86,4mm) e Stiep (80,3mm).
Por consequência da chuva, casas foram invadidas pela força da água na Federação e no Vale das Pedrinhas. Moradores perderam móveis e alimentos. Estrutura das casas foram afetadas. No Bonfim, a Avenida Salvador, que dá acesso à Basílica do Senhor do Bonfim, ficou completamente alagada.
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