REQUALIFICADO
“História da Santa Casa se confunde com a da cidade”, diz prefeito
Chefe do Executivo municipal entregou requalificação do equipamento nesta segunda-feira, 17
Por Gabriela Araújo
Batizada com a água benta, com as bênçãos do padre Lázaro Muniz, a requalificação do Museu da Misericórdia, localizado no Centro Histórico de Salvador, foi entregue nesta segunda-feira, 17, pelas mãos do prefeito Bruno Reis (União Brasil).
Construído no século XVII, antes de se tornar um museu, o espaço abrigou o primeiro hospital do Brasil, a Santa Casa da Misericórdia, que iniciou os serviços de atendimento à saúde em XVIII, seguindo os modelos europeus.
“Aqui era de barro. Demorou quase um século para efetivamente ter sido construído o prédio da Misericórdia, um dos poucos prédios de alvenaria construído no século XVII e no século XVIII, ele já passa a ter a roda dos expostos e começa a atender grande parte da obrigação das misericórdias de prover saúde, enterrar os mortos, atender as pessoas mais desfavorecidas e passava também ter uma função social que já era conhecida na Europa”, disse o provedor da Santa Casa de Misericórdia da Bahia (SCMBA), José Antônio Rodrigues Alves.
Um marco para a saúde pública baiana, a Casa também abrigou a primeira faculdade de medicina do Brasil, que foi transferida para o Largo Terreiro de Jesus, assim como fundou a primeira escola de cirurgiões do país.
Valorizando a história do equipamento, as obras de requalificação, iniciadas em agosto de 2021, contaram com investimento de R$ 11,3 milhões, provindas de recursos próprios da prefeitura e do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD) do Ministério da Justiça.
Entre as intervenções contempladas estão: a ampliação e construção de novos espaços expositivos, auditório para 100 pessoas, laboratório de conservação e restauro, além da restauração da Igreja da Misericórdia, incluindo teto artístico e forro com 45 painéis de pintura.
Dedicando em tornar a capital baiana referência também na cultura, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) qualificou a entrega como a “valorização do nosso patrimônio arquitetônico e da nossa história” e contou as novidades para o equipamento.
“A Santa Casa é a instituição que tem a maior quantidade de acervos. A história da Santa Casa se confunde com a da cidade, afinal de contas, tem a mesma idade. Então, aqui teremos exposições de imagens religiosas, arquitetônicas, aqui está o primeiro carro da Bahia”, afirmou.
O chefe do Executivo municipal ainda destacou que a Casa da Misericórdia é um dos museus mais visitados de Salvador.
“Agora, volta repaginado com a cara nova completamente restaurado, no momento em que a cidade está bombando no turismo. Então será um ponto aqui para a gente trazer as crianças, nossas escolas, o cidadão soteropolitano para conhecer ainda mais sobre bonita história que é a nossa cidade”, concluiu.
O secretário municipal de Cultura e Turismo, Pedro Tourinho, também esteve presente na cerimônia e afirmou que a requalificação do equipamento é um “ganho enorme para a cidade e o Brasil”.
“O Centro Histórico da cidade está no processo de desenvolvimento, de fortalecimento e a Santa Casa tem que estar junto com isso no mesmo patamar. Esse é o foco, como a gente pode potencializar ainda mais a cultura da cidade por esse patrimônio cultural mundial que é a Santa Casa”, complementou.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes