200 PALESTRANTES
I Fórum Nordeste de Economia Circular debate o futuro em Salvador
Serão mais de 130 horas de painéis, palestras, debates e mesas temáticas
Por Alessandro Isabel
Salvador recebe, até o próximo sábado, 25, o I Fórum Nordeste de Economia Circular, evento que reúne nos três dias de encontro, cerca de 200 palestrantes, que irão debater soluções, iniciativas e compromissos para garantir ações que ajudem a preservar o meio ambiente, bem como, o avanço em questões humanitárias. Serão mais de 130 horas de painéis, palestras, debates e mesas temáticas que mobilizam governos, empresas, entidades não-governamentais e a sociedade civil.
A abertura do evento, na manhã desta quinta-feira, 23, contou com a participação de autoridades, especialistas e convidados, entre eles, Danilo Cabral, superintendente do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que falou sobre a importância da discussão como uma forma de oportunidade para o Nordeste.
“O homem precisa aprender a dialogar melhor com o meio ambiente. Essa reação que a gente estava vivenciando aqui, é decorrente desse conjunto de agressões. É uma ameaça real. Mas, ao mesmo tempo que representa a ameaça, a gente procura buscar as ameaças e as oportunidades. É isso que a gente, efetivamente, vai fazer aqui. Nós viemos aqui sensibilizar aqueles que têm algum tipo de responsabilidade, sobretudo pública, mas também os agentes e parceiros privados, a sociedade civil organizada, para que a gente possa virar essa página. E a gente tem condições, o Nordeste, de construir isso, de liderar um processo no Brasil”, acredita Cabral.
A coordenadora-geral de Bioeconomia e Economia Circular do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço, Sissi Alves da Silva, também destacou a importância do evento, sobretudo para o Nordeste. Ela traçou um comparativo entre a região e a Europa, destacando os motivos que colocam os estados como possíveis líderes do Brasil.
“Nas grandes capitais mundiais, nos países em que realmente a gente vê o funcionamento da economia circular, a gente sabe porque funciona tão bem lá. Em muitos países, como na Alemanha, é por causa da guerra. Por quê? Porque eles têm escassez. E a economia circular, ela vem para isso, para combater o desperdício. E nada melhor do que o Nordeste encampar essa ideia, porque no Brasil nós conhecemos isso, nós conhecemos a escassez. Então, eu acho que o nordeste é uma região que pode encampar a economia circular melhor, tenho certeza disso, do que qualquer outra região”, apontou.
Na pauta do encontro estão temas como, negócios circulares, políticas públicas rumo à sustentabilidade, economia verde, solidária, descarbonização, design circular, mudança de comportamento, entre muitos outros. Especialista em economia criativa e gestão colaborativa, a organizadora do fórum, Lídice Berman, acredita que nos dias de debates ocorrerão troca de ideias e avanços importantes que deverão trazer frutos positivos no futuro. “A gente sabe que em três dias a gente não resolve o mundo, mas a gente tem um compromisso de mobilizar e sensibilizar esses agentes, para que possam fomentar, dar esse start".
O evento é 100% gratuito, aberto ao público e com jornada digital. Ele ocupa espaços de importância histórica e cultural da cidade, como o Museu de Arte da Bahia (MAB), Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC), Museu Carlos Costa Pinto, Museu Geológico e Sala de Arte Cinema do Museu. A agenda é extensa e pode ser conferida aqui.
O governo do Estado é um dos patrocinadores do projeto, que conta com a cooperação técnica do Consórcio do Nordeste, autarquia formada pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.
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