Inflação causa atraso das obras da nova rodoviária, diz Jerônimo
Governador estima que impasse pode ser resolvido em janeiro, mas não há estimativa de data para concluir obra
Durante a cerimônia de inauguração da estação Águas Claras, que pertence à linha 1 do sistema metroviário de Salvador, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) alegou que não há estimativa para a entrega da nova rodoviária, que ficará no mesmo bairro.
“A rodoviária teve dificuldade nos seus preços e nos seus valores. Espero que ainda em janeiro a gente possa ter uma resposta sobre isso e assim resolver a entrega dessa rodoviária, além de discutir o que faremos com a rodoviária velha”, afirmou em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira, 26. A entrega estava prevista para o fim de 2023.
Este não é o único equipamento que tem seu cronograma atrasado por conta da inflação. Jerônimo usou o exemplo do atraso na previsão de entrega do VLT da capital baiana para justificar as dificuldades em tirar a nova rodoviária do papel.
“É da mesma forma que nós nos debruçamos sobre o VLT. Ali, entendíamos que não havia condição, porque o preço para a correção dos insumos estava muito alto. Ferro, cimento, mão de obra, dólar, taxa de juros para poder captar recursos, enfim, nós refizemos o projeto e ampliamos”, conta o governador.
Foi anunciado a jornalistas, durante café da manhã no CAB, que um novo edital para o VLT será publicado nesta quarta-feira, 26. “O projeto inicial ia até a Calçada. Vamos levar até Piatã, o que melhora a mobilidade urbana”, afirma. O contrato anterior do VLT foi rescindido em comum acordo entre Governo do Estado e o consórcio Skyrail Bahia, formado pelas empresas Build Your Dreams (BYD Brasil) e Metrogreen.
“Nós vamos dar condições de tirar aqueles ônibus da orla para poder colocar um transporte mais rápido, baixando o valor e o tempo de viagem”, concluiu Jerônimo, ainda sobre o VLT.