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SALVADOR

Ônibus sobe para R$ 4,90, mas prefeitura pagará 50 centavos

Tarifa cobrada dos passageiros ainda será R$ 4,40; reajuste ocorreu devido a atrasos em aprovação de subsídio

Por Daniel Brito

31/03/2022 - 10:14 h | Atualizada em 31/03/2022 - 18:18
Tarifa interna subirá para R$ 4,90
Tarifa interna subirá para R$ 4,90 -

O prefeito de Salvador, Bruno Reis, anunciou nesta quinta-feira, 31, que a tarifa de ônibus na capital será reajustada para R$ 4,90 a partir de amanhã, 1°. No entanto, ele afirmou que a prefeitura irá pagar os R$ 0,50 entre os meses de abril e maio, o que, na prática, mantém a tarifa de R$ 4,40 para os passageiros.

Segundo Reis, o aumento ocorre em razão do atraso na aprovação do subsídio do governo federal pela Câmara. "Estamos na expectativa de que seja votado na semana que vem. Foi esse o compromisso do presidente [da Câmara] Arthur Lira. Se isso acontecer, não tem reajuste no transporte esse ano. A tarifa interna é R$ 4,90 e não daremos reajuste. Se o subsídio não vier, infelizmente, não há outra alternativa a não ser cobrar o valor a partir de 1° de junho", disse.

O chefe do executivo municipal mencionou ainda que o valor da tarifa considerando os sucessivos aumentos nos combustíveis, a inflação do período, além da subida nos preços da aquisição dos ônibus e da manutenção de pneus, deveria ser de R$ 5,30. O cálculo foi realizado pela FIPECAFI, instituição contratada pela prefeitura, e pela Agência Reguladora e Fiscalizadora dos Serviços Públicos de Salvador (Arsal).

Desses R$5,30, a prefeitura negociou com as concessionárias que operam o sistema para que R$ 0,30 sejam abatidos da outorga, ou seja, da permissão que os ônibus têm para circular - baixando o valor para R$ 5. Até dezembro, porém, a prefeitura custeará R$ 0,10 desse total, o que deixa a tarifa, ao menos por enquanto interna, em R$ 4,90.

Reis voltou a criticar o governo estadual ao falar sobre a redução do ICMS para o combustível do transporte, dizendo que existe uma "ânsia arrecadatória" em razão de o tributo, segundo ele, não ter sido reduzido.

"A população não tem como pagar isso. Os estados precisam fazer seu papel. Não há como cobrar 18% de ICMS do combustível do transporte público. A Bahia é o único estado em todo o Brasil que não reduziu em nenhum momento. Há estados que concedem até isenção. Aqui, não. Aqui há uma ânsia arrecadatória de colocar dinheiro nos cofres públicos", comentou.

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