ANIMAIS
Operação realoca para ONG cerca de 250 gatos da Colônia de Piatã
Animais receberão cuidados necessários e serão disponibilizados para adoção.
Por Da Redação
Uma megaoperação para remoção dos gatos da Colônia de Piatã, na orla de Salvador, foi realizada na manhã desta terça-feira, 02. Segundo informações da Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Resiliência e Proteção Animal (Secis), que está à frente da ação, cerca de 250 gatos serão realocados para a ONG Doce Lar, localizada no CIA-Aeroporto. Lá, os animais receberão os cuidados necessários e serão disponibilizados para adoção.
Ainda de acordo com a Secis, a ONG foi escolhida através de chamamento público e todos os custos dos animais serão mantidos pela prefeitura. “Desde o resgate até o acolhimento, alimentação, vacina, remédio, caixinha de areia e o que mais vier a precisar até a adoção”, salientou Marcelle Moraes, titular da pasta.
Diretora da ONG Doce Lar há quatro anos, Sara Alban ressaltou que a proposta da entidade é atuar além do resgate. “Temos um compromisso com o bem-estar animal. Vamos agrupar os gatos de acordo com o estado de saúde e monitorar cada um. Os gatis são arejados, otimizados e seguros, e a maior parte do abrigo é monitorado por câmeras. Além disso, temos funcionários habilitados e treinados para cuidar dos felinos”, afirma.
A iniciativa da realocação contou com apoio de outros órgãos da administração municipal, a exemplo da Secretaria de Manutenção da Cidade (Seman), Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (Desal) e Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), além da Guarda Civil Municipal (GCM) e da Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb).
Na Colônia de Piatã, viviam uma média de 250 gatos, vítimas de abandono. Ainda segundo a Secis, a realocação dos animais também servirá para coibir novos delitos. Além disso, destaca a pasta, o espaço passará por limpeza e reforma que manterá as câmeras instaladas no local.
Determinação judicial
A pedido do Ministério Público da Bahia (MP-BA), a Justiça determinou em janeiro deste ano que a Diretoria de Promoção à Saúde e Proteção Animal (Dipa), órgão integrante da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, apresentasse ao MP-BA um plano de ação para a retirada de todos os gatos que se encontravam em situação de risco ou abandono, localizados em vias públicas, indicando um local habilitado para recebê-los.
Além disso, a Justiça determinou que a Prefeitura Municipal retirasse "detritos, entulhos e restos de alimentos que possam degradar o meio ambiente e causar prejuízos para a saúde pública na ‘Colônia de gatos de Piatã’, obedecendo o Código Sanitário do Município".
À época da decisão da Justiça, a promotora de Justiça Joseane Suzart, autora da ação, disse que a situação dos animais na ‘Colônia de gatos de Piatã’ demonstrava irregular atuação do Poder Público municipal, “uma vez que a Praça de Piatã, situada nesta capital, tornou-se um local de abandono para gatos, que não têm um abrigo adequado para repouso, alimentação e sobrevivência”.
Também na ocasião da determinação judicial, a Prefeitura de Salvador, através da secretária da Secis, afirmou em nota que a retirada de gatos abandonados na Colônia de Piatã ocorreria ainda em 2024 e que um processo público para o credenciamento de ONGs para receber os animais havia sido iniciado em outubro de 2023..
“Retirar os gatos daquela situação é um desejo, um sonho antigo meu e de muitos protetores, não é apenas uma obrigação. E agora conseguimos as ferramentas necessárias para solucionar a questão. Foram muitas reuniões, conversas, debates e reflexões sobre a melhor e mais segura forma de fazer isso, com responsabilidade, ética e transparência, pois se trata de um processo público que tem as suas exigências”, explicou Marcelle.
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