NA BRONCA
“Prefeito quer nos marginalizar”, disse dirigente do Sindseps
Nildo Pereira reagiu às declarações de Bruno Reis sobre reivindicações de agentes de saúde do município
Por João Guerra
O coordenador jurídico do Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador (Sindseps), Nildo Pereira, em conversa com o PORTAL A TARDE disse que recebeu com tristeza a declaração do prefeito Bruno Reis (União Brasil) na manhã desta quinta-feira, 10, de que os agentes comunitários de saúde e os agentes de combates às endemias de Salvador querem receber, além do piso da categoria, 122% de gratificações. “A prefeitura já foi além do que era possível”, declarou Reis.
De acordo com o servidor, o mandatário da capital baiana falta com a verdade, já que não é isso que a categoria está pleiteando. O que os servidores querem, aponta Pereira, é o cumprimento do piso nacional da categoria, que deve ser integralmente repassado pela União e está estabelecido em dois salários-mínimos (hoje o equivalente a R$ 2.424). O piso foi estabelecido em maio deste ano, através da Emenda Constitucional 120, que também garante as gratificações e adicionais, a serem pagas pelo Executivo Municipal através do plano de cargos, com percentuais sobre o salário-base.
“Eu recebo com tristeza a fala do prefeito enquanto trabalhador e, enquanto sindicalista, eu recebo a fala dele com indignação porque ele falta com a verdade o tempo todo. Por que ele não esclarece para a população que 122% que nós buscamos está na lei do plano de cargos dos servidores da Saúde do de Salvador, no qual os agentes de saúde estão inseridos?, questiona o servidor.
Segundo Pereira, a demanda dos agentes de saúde existe desde 2014 para que a prefeitura pague o piso salarial nacional dos trabalhadores. “Ele assumiu em 2021 e vem mantendo a mesma resistência do prefeito anterior em não negociar conosco e, finalmente, a indignação vem quando ele finaliza a fala dele dizendo que está aberto ao diálogo, mas que não avançará nenhum real a mais. Então não tem diálogo”.
Com a atitude como a declaração desta quinta, de acordo com Nildo Pereira, é marginalizar a categoria e deslegitimar as demandas dos servidores diante da opinião pública. “Mas é ele que não está cumprindo as leis de uma emenda constitucional e uma lei municipal, que é do plano de cargos da saúde, no qual nós estamos inseridos”.
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