Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > bahia > SALVADOR
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email

“NÃO QUEREMOS GREVE”

Bruno Reis mente em entrevistas, diz representante de agentes de saúde

Ao Isso É Bahia, Nildo Pereira fala sobre demandas de agentes de combate às endemias e de saúde comunitária

Por Da Redação

09/11/2022 - 9:00 h | Atualizada em 09/11/2022 - 10:22
“O impasse é que a prefeitura não quer reconhecer os direitos previstos em lei", disse o coordenador jurídico do Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador (Sindseps), Nildo Pereira
“O impasse é que a prefeitura não quer reconhecer os direitos previstos em lei", disse o coordenador jurídico do Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador (Sindseps), Nildo Pereira -

Instalados na frente da Prefeitura de Salvador desde 14 de setembro, os agentes de combate às endemias e agentes de saúde comunitária reivindicam o cumprimento do piso nacional da categoria, que deve ser integralmente repassado pela União e está estabelecido em dois salários mínimos (hoje o equivalente a R$ 2.424). O piso foi estabelecido em maio desse ano, através da Emenda Constitucional 120, que também garante as gratificações e adicionais, a serem pagas pelo Executivo Municipal através do plano de cargos, com percentuais sobre o salário base.

Saiba mais: Tensão: ameaçados, agentes fazem novas denúncias contra a Prefeitura

Para falar sobre o tema, o Isso É Bahia, da rádio A TARDE FM (103.9), ouviu o coordenador jurídico do Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador (Sindseps), Nildo Pereira, na manhã desta quarta-feira, 9. “O impasse é que a prefeitura não quer reconhecer os direitos previstos em lei. Hoje, recebemos R$ 1.950 com gratificações e adicionais”, conta.

Os R$ 1.950 bruto, explicou Nildo, são resultado de R$ 877 de repasse da União mais as gratificações e adicionais, que são pagos pela Prefeitura de Salvador. “Bruno Reis usa a mídia para contar histórias inverídicas, dizendo que estamos pleiteando reajuste, quando na verdade queremos o cumprimento do piso nacional e das gratificações e adicionais municipais”, argumenta o coordenador jurídico do Sindseps. "Não queremos fazer greve em respeito à população de Salvador", completa.

Nildo Pereira abordou também na entrevista o impasse entre Prefeitura de Salvador e Câmara Municipal. "Quando a mensagem foi mandada [pela prefeitura] para a Câmara com os ajustes dos servidores, chamamos Geraldo Junior para explicar nossa situação", contextualiza. "Geraldo Junior colocou no artigo 3º da emenda [lei complementar municipal 082/2022] o piso salarial corrigido mais as gratificações. Foi votado na Câmara e aprovado, mas o prefeito vetou. No que voltou para a Câmara, a Câmara derrubou o veto. Agora, está esse impasse entre prefeitura e Câmara", conclui.

Reivindicação antiga

Ainda que a promulgação da Emenda Constitucional 120/22 seja recente, de 5 de maio desse ano, a reivindicação de agentes de combate às endemias e agentes comunitários de saúde é antiga. A lei federal 12.994, de 2014, estabelecia destinação de verba da União para as categorias no valor de R$ 1.550. Até hoje, a Prefeitura de Salvador repassa apenas R$ 877 da verba da União para cada agente do nível 1, ou seja, que não completou os três anos de estágio probatório.

Após três anos de estágio probatório, quando o agente de saúde e outros servidores municipais da área de saúde chegam no nível 2, se avança um nível a cada dois anos. A cada nível avançado, há um aumento de 5,5% em cima do salário base, ou seja, do valor que chega da União. O máximo na saúde municipal é o nível 15, mas como o plano de cargos da Prefeitura de Salvador é de 2010 para cá, os agentes mais longevos, hoje, estão no nível 6.

O que a Prefeitura de Salvador propõe aos agentes, e que têm sido questionado pelas organizações que representam essas classes, é o cumprimento da Emenda Constitucional, elevando o valor transferido pela União para o agente nível 1 de R$ 1.550 para R$ 2.424, mas sem gratificações e adicionais. O vencimento atual inclui R$ 877 e 122,5% sobre esse valor em gratificações e adicionais. Os agentes querem o valor transferido pela União que é estabelecido pela EC 120/22, que é de R$ 2.424, e os 122,5% em gratificações e adicionais sobre esse valor. Os servidores alegam que a prefeitura quer retirar as gratificações e os adicionais, que são direito de todo servidor público municipal de Salvador.

Gratificações e adicionais

Está previsto, para os agentes de combate às endemias e agentes comunitários de saúde, entre 37,5% e 45% sobre o salário base de gratificação de competência, que é tributada para a contribuição da previdência e é reajustada a cada seis anos, 40% sobre o salário base de gratificação de incentivo à qualidade, também conhecida como gratificação GIQ ou gratificação SUS, que não é tributada, e 10% de gratificação de periferia. As últimas duas tem percentual fixo.

Além das gratificações, está previsto também 20% sobre o salário base de adicional de insalubridade e até 51% em tempo de serviço. Os agentes mais longevos, atualmente, estão com percentual de 15% sobre o salário base em tempo de serviço. A cada dois anos, o percentual sobe 3% neste tipo de adicional.

Dívida da prefeitura com agentes

Segundo as associações que representam os agentes de combate às endemias e os agentes comunitários de saúde, o não pagamento do piso desde 2014 até hoje faz com que a Prefeitura de Salvador deva R$ 800 milhões a estes servidores. Atualmente, as duas categorias somam 3437 agentes na capital baiana.

Os agentes, no entanto, reivindicam apenas o cumprimento do pagamento de dois salários mínimos vindos da União para os agentes nível 1 com as verbas da União, sem deixar de receber as gratificações e adicionais com base nesses valores correspondentes ao nível do servidor, inclusive os retroativos da promulgação da Emenda Constitucional, que aconteceu em maio desse ano, para cá.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Tags:

agentes comunitários de saúde agentes de combate às endemias agentes de saúde Bruno Reis EC 120/22 Emenda Constitucional Nildo Pereira ocupação prefeitura de salvador Sindseps

Cidadão Repórter

Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro

ACESSAR

Siga nossas redes

Siga nossas redes

Publicações Relacionadas

A tarde play
“O impasse é que a prefeitura não quer reconhecer os direitos previstos em lei", disse o coordenador jurídico do Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador (Sindseps), Nildo Pereira
Play

Veja o momento que caminhão de lixo despenca em Salvador; motorista morreu

“O impasse é que a prefeitura não quer reconhecer os direitos previstos em lei", disse o coordenador jurídico do Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador (Sindseps), Nildo Pereira
Play

Traficantes do CV fazem refém e trocam tiros com a PM em Salvador

“O impasse é que a prefeitura não quer reconhecer os direitos previstos em lei", disse o coordenador jurídico do Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador (Sindseps), Nildo Pereira
Play

Rodoviários reivindicam pagamento de rescisão no Iguatemi

“O impasse é que a prefeitura não quer reconhecer os direitos previstos em lei", disse o coordenador jurídico do Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador (Sindseps), Nildo Pereira
Play

Vazamento de gás no Canela foi ato de vandalismo, diz Bahiagás

x

Assine nossa newsletter e receba conteúdos especiais sobre a Bahia

Selecione abaixo temas de sua preferência e receba notificações personalizadas

BAHIA BBB 2024 CULTURA ECONOMIA ENTRETENIMENTO ESPORTES MUNICÍPIOS MÚSICA O CARRASCO POLÍTICA