AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA
Professor acusado de importunação sexual segue preso e aguarda decisão
Givanildo Neves Conceição passou por audiência de custódia nesta sexta-feira
Por Alex Torres e Brenda Ferreira
O professor Givanildo Neves Conceição, 38 anos, acusado de importunação sexual por alunas do Colégio Don Pedro I, passou por audiência de custódia na manhã desta sexta-feira, 27, na Central de Flagrantes, em Salvador.
Ele deixou o local algemado e foi conduzido no carro da Polícia Civil. De acordo com o advogado de defesa, Madson Souza, Givanildo seguirá detido na delegacia enquanto aguarda o parecer da juíza que analisou o caso.
"Fizemos o pedido de relaxamento de prisão com a liberdade provisória e a aplicação das medidas cautelares, no caso de Givanildo. Ele permanece na delegacia até a decisão da juíza daqui da audiência de custódia", descreveu Madson, em entrevista ao Portal A TARDE.
De acordo com o advogado do acusado, ele teria sido convidado por uma das alunas e passou pela portaria normalmente, não tendo sido barrado em momento algum. O defensor acredita que houve um "mal entendido" e agora aguarda as próximas etapas do julgamento. Questionado se Givanildo sustenta essa versão em depoimento, o advogado do acusado relatou ao Portal A TARDE que ele manteve a mesma.
Veja vídeo do momento:
Na quarta-feira, 25, Givanildo foi acusado de importunação sexual por, pelo menos, oito alunas do Colégio Don Pedro I, no bairro do Nordeste de Amaralina, em Salvador. Ele havia sido convidado para aulas de capoeira por um dos professores da instituição, na segunda e terça-feira. No dia seguinte, ele compareceu novamente ao local, mas, a princípio, 'sem autorização' e estudantes acusaram dele ter mexido nas partes íntimas delas.
De acordo com pais das vítimas, o número de jovens assediadas seria ainda maior, uma vez que algumas das estudantes não prestaram queixa, mas relataram os abusos em grupo de WhatsApp. Eles acreditam que mais de 10 alunas, com idades entre 11 e 14 anos, podem ter sido vítimas de Givanildo.
Por meio de comunicado, o Colégio Dom Pedro I negou que o acusado seja funcionário da instituição e afirmou que desconhece o suposto convite feito por uma aluna para ele retornar ao local. A escola reiterou que repudia veemente qualquer ato de importunação sexual ou assédio e se colocou à disposição de família e alunos para prestar todo apoio necessário. A unidade de ensino também afirmou que disponibilizará imagens de circuito interno para auxiliar as equipes na apuração dos fatos.
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