HORA CERTA!
Relógio de São Pedro volta a funcionar após restauração e modernização
A restauração e automatização desse patrimônio cultural foram realizadas pela Fundação Gregório de Mattos
Por Marcela Magalhães
Após 10 meses de inatividade, o icônico Relógio de São Pedro, localizado na Avenida Sete de Setembro, volta a cumprir seu papel como marcador de horas e ponto de referência histórica para a cidade. A restauração e automatização desse patrimônio cultural foram realizadas pela Fundação Gregório de Mattos (FGM), em parceria com a Prefeitura de Salvador, através da Alma Arquitetura e Restauro, com um investimento aproximado de R$ 70 mil.
Desde sua inauguração em 1916, o Relógio de São Pedro acompanha a evolução de Salvador, refletindo a riqueza arquitetônica e artística da época. Encomendado pelo administrador Joaquim José Seabra, foi fabricado na França por Henri Le Pante e se tornou um marco histórico da cidade.
“Instalado numa localização estratégica, na Avenida Sete de Setembro, no coração do Centro de Salvador, o Relógio de São Pedro tornou-se, além de marcador de horas, um ponto de referência histórica e um símbolo de identidade para os habitantes da cidade. Restaurado e automatizado com tecnologia de ponta, transforma-se, agora, num lembrete de que é possível honrar o passado, ao mesmo tempo em que se olha para o futuro", declara Chico Assis, Diretor de Patrimônio e Equipamentos Culturais.
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O Relógio de São Pedro é um ícone de grande importância para a história do centro antigo de Salvador. Servindo não apenas para consultar as horas, mas também como ponto de referência para encontros, inclusive no período de carnaval. Uma canção de Carlinhos Brown nos instiga. “Que horas são, ainda é cedo, de uma olhadinha no Relógio de São Pedro”. Então, durante a manutenção, havia uma grande expectativa dos transeuntes e trabalhadores locais sobre a volta do funcionamento do relógio.
História
Com 108 anos de existência, muitas peças apresentavam avançado estado de desgaste, gerando constantes atrasos e paradas, mesmo quando lhe era dado corda. Isso gerava uma grande comoção popular e muitas reclamações. O processo de restauração incluiu a limpeza, recomposição do rejuntamento, envernizamento protetivo e restauro do gradil que circunda o monumento. Além disso, o Relógio de São Pedro passou por uma modernização, com a automatização de seu mecanismo, incluindo a instalação de motores elétricos.
“Com a grande dificuldade de encontrar peças no mercado para substituição daquelas já desgastadas, optou-se por realizar a automação do Relógio, assegurando seu pleno funcionamento, que consistiu na implantação de sistema digital/analógico composto por quatro relógios analógicos e um relógio central controlador digital com oscilador de cristal de quartzo que funciona eletronicamente, e um sistema de nobreak e bateria com autonomia de até 12h”, informa Chico Assis.
Elias Machado, restaurador responsável pela recuperação do Relógio de São Pedro, ressalta: “Os acréscimos executados para a implantação do sistema digital não implicaram na remoção de mecanismos de valor histórico. Os testemunhos materiais e técnicos encontrados no relógio antes da intervenção, permanecem no equipamento”.
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