EM ESTUDO
Salvador pode ter teleférico da Suburbana para Estação do Metrô
Medida pode atingir bairros como Terezinha, Rio Sena e Ilha Amarela
Por Daniel Genonadio e Eduardo Dias
A Prefeitura de Salvador estuda criar um teleférico com saída em bairros da região da Avenida Suburbana, com destino para a Estação Campinas de Pirajá, do metrô. O objetivo é oferecer um modal alternativo para a população da região, que hoje só consegue se locomover através de veículos sob pneus.
A informação foi divulgada pelo prefeito Bruno Reis (União), em entrevista ao Isso é Bahia, da rádio A TARDE FM, desta quarta-feira, 19. De acordo com o gestor municipal, ainda está sendo realizado um estudo de viabilidade técnica do projeto e viabilização de recursos.
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"Ele atende a parte de cima do Subúrbio, Ilha Amarela, Santa Terezinha, Rio Sena. É um teleférico. Estamos estudando para levar os passageiros para a estação de Campinas e traz mais passageiros para o sistema, ajuda a prefeitura e o governo a fechar a conta, além de oferecer um transporte público melhor para as pessoas", disse, lembrando que o governo do estado enfrenta problemas ao realizar aportes do metrô.
"Se a prefeitura tem um problema (com o transporte público), o Estado tem um igual ou maior. Quando o Estado fez a concessão estabeleceu que ali iriam passar 580 mil passageiros, os que não passassem, o Estado iria pagar. Essa conta no ano passado foi de R$ 436 milhões só em passageiros não transportados. O metrô, ao longo dos tempos, vai custar aos cofres públicos mais de R$ 20 bilhões. O metrô mais caro do mundo. É um problema nosso com os transporte por pneus, mas é também do Estado com o metrô. Não há outra solução senão trazer mais passageiros para o sistema", declarou.
Bruno Reis ainda cutucou o governo estadual pela retirada dos trens do Subúrbio para a construção do VLT. O gestor disse ter reforçado a quantidade de ônibus em circulação nos bairros da região para melhor atender a população.
“Sem querer entrar em polêmica, mas já são dois anos que os trilhos foram retirados e a obra não tem sequer perspectiva de quando vai começar e se vai começar. Inclusive, o contrato está em discussão de sua validade ou não. Para compensar a retirada dos trens, nós fortalecemos os Subúrbio com mais ônibus", disse.
"Por isso temos uma série de projetos, como as esteiras rolantes do Campo da Pólvora ao Comércio, que vai trazer mais passageiros ao sistema. O BRT, que queremos levar da Estação de Águas Claras, pelo Derba, até Paripe, e trazer mais passageiros para o metrô. Se não oferecermos um transporte ágil, seguro e modesto o passageiro não vai vir. Quando a gente conseguir botar todos os modais para funcionar, o metrô, BRT, VLT e ônibus, vamos ter uma das cidades mais conectadas do mundo", acrescentou.
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