Salvamar faz alerta sobre banho de mar em período chuvoso
Com a frente fria que deve permanecer durante o fim de semana em Salvador e cidades do interior baiano, os banhistas devem evitar entrar no mar. Segundo a Coordenadoria de Salvamento Marítimo (Salvamar), o mar fica mais agitado devido à força dos ventos, o que pode gerar uma maior dificuldade para os banhistas, pela força das ondas e correntes de retorno. Por isso, há também mais deságue dos rios no mar, deixando a água mais turva e com baixa visibilidade, podendo assim dificultar a visualização de pedras ou outros materiais que possam trazer risco às pessoas.
Além disto, em dias de chuva há grandes possibilidades de descargas elétricas, através de raios. O ideal é procurar um abrigo fora dessa área. O coordenador da Salvamar, Alysson Carvalho, reforça que as praias de Jaguaribe, Piatã e Itapuã são as mais perigosas no período de chuva.
Cuidados
A Salvamar recomenda que, ao chegar nas praias, o banhista procure um mirante do órgão para buscar orientações sobre locais perigosos e correntes de retorno.
Além disso, é essencial não descuidar das crianças, pois o mínimo de distração pode ser fatal. Por isso, é importante manter o olhar fixo nos pequenos, sempre por perto para evitar que eles se percam e, mais que isso, uma possível ida deles sozinhos ao mar.
Outra observação é o cuidado com o consumo de bebidas alcoólicas. Ao fazer o uso delas, o banho de mar deve ser evitado, pois o álcool na corrente sanguínea pode gerar uma falsa sensação de capacidade física favorável a enfrentar as ondas e correntezas, o que pode ser perigoso.
O coordenador lembra de uma frase sempre repetida pelos agentes, que diz que “água no umbigo é sinal de perigo”. “Se a água passar deste nível, não se arrisque, preserve a sua vida. Ao entrar numa corrente de retorno, uma das dicas é nadar paralelo à praia até que saia da corrente e nunca contra a correnteza, pois certamente você irá cansar e consequentemente se afogar”, ressalta.
Também é importante ter cuidado com as boias, pois objetos flutuantes são levados mais facilmente pela correnteza. Em praias sem salva-vidas, nada de se arriscar na água, para evitar situações adversas.
Nos primeiros dois meses de 2022, o órgão contabilizou 198 resgates por afogamento nas praias. Já nos três primeiros dias de março, já foram 17 ações de resgate promovidas pelos agentes.