SALVADOR
Situação das multas causa indignação em leitores de A TARDE
Maioria das mensagens faz referência a autuações supostamente indevidas de agentes de trânsito
Por Da Redação
Centenas de leitores de A TARDE reagiram à reportagem publicada na segunda-feira, 24, sobre a atuação da chamada “indústria da multa” e relataram suas histórias sobre o tema, por meio das redes sociais e dos e-mails da publicação. A maioria das mensagens faz referência a autuações supostamente indevidas de agentes de trânsito – as que têm maior dificuldade de comprovação.
“As multas que eles inventam, não provam e a gente recorre e não consegue ganhar”, explica a leitora Luana Costa (@aluaindica), em uma das mensagens. “Outro dia, parei para olhar um barulho no pneu (na orla) e me deram uma multa”, conta Valdelia Souza (@valdelia.souza.3194). “Eu mesmo fui vítima dessa indústria: levei três por não pagar estacionamento, onde não havia cobrador ou o cobrador era descredenciado”, diz Luiz Freire (@luizfreire1962). “Cada uma R$ 135.”
O leitor Marcos Venâncio (@marcosvenancioimoveis) foi específico: “no último dia 12, a Transalvador me deu uma multa mesmo meu veículo estando com a Zona Azul paga. Tenho a comprovação.” Já Bruno Guerreiro (@fta.brunoguerreiro) resumiu o sentimento. “Só quem é soteropolitano sabe o que é isso. Estacionou na sombra? Multa. Olhou pro lado? Multa. Andou devagar? Multa.”
Os leitores também especulam o destino da arrecadação, que tem projeção de chegar a R$ 100 milhões este ano – o dobro do ano passado (R$ 49,8 milhões). “Já sei: deve ser para favorecer empresários gananciosos, donos de galpões, que por sua vez os alugam para outros empresários, que administram os pátios. Então, se não multar e apreender veículos, como vão conseguir manter (o esquema)?”, conjectura Reginaldo Silva (@regisantosilva1964).
Outros veem uso eleitoral dos recursos. “Campanha política custa caro, alguém tem de arcar; a obra do BRT também custa caro, alguém tem de arcar. Que seja o povo”, avalia Antônio Júnior (@antoniojuniorzn). “Será que vai pra financiar campanha política? Ou vai para o bolso dos mandatários?”, questiona Bruno Guerreiro (@fta.brunoguerreiro).
Para os leitores, está claro que o papel principal das multas, a de ajudar a educar os motoristas para o trânsito, não é cumprido. “A questão não é educar os motoristas – e sim ganhar dinheiro”, argumenta Carlos Eduardo Santiago (@dudusantiagosantos). Ramon Argolo (@poetaramonargolo) concorda. “A questão não é educar, como fica claro (na reportagem). É engordar os cofres. Falta seriedade.”
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