SALVADOR
Técnica de enfermagem revela ter sido agredida por filhos de paciente
Caso foi registrado na 3ª Delegacia Territorial (DT/Bonfim
Por Osvaldo Barreto
A técnica de enfermagem Luanda Silva Santos de Pinho, de 36 anos, diz ter sofrido uma sessão de agressões físicas e verbais, na última segunda-feira, 1º, por dois filhos de uma paciente idosa, de 82 anos. A profissional realizava o trabalho de cuidadora em uma casa no bairro da Ribeira e teria sido agredida pelos filhos da mulher, que teriam 58 e 56 anos respectivamente.
De acordo com Luanda, as agressões foram iniciadas no final da tarde, quando ela tentava preencher o prontuário com as informações da paciente durante o dia.
“Foi tudo muito agressivo. Eu nunca tinha trabalhado com ela e assumi uma escala para o primeiro plantão de 24 horas. Trabalhei pela manhã e pela tarde e estava aguardando os filhos dela acordarem para realizar as anotações no prontuário, que faz parte da minha atribuição. Quando sentei para realizar as anotações, foram iniciadas as acusações, primeiro verbais e depois físicas. Eu tentava explicar que precisava preencher o documento”, disse ela em entrevista à TV Bahia.
Durante a reportagem, a vítima mostrou lesões no pescoço e nos braços, que teriam sido provocadas por puxões no cabelo e empurrões. Ela também relatou como se deu às agressões. “Eles diziam que a empresa enviava pessoas cínicas e preguiçosas para cuidar da mãe deles, até o momento que ele disse: ‘você vai levantar ou vai quer que eu pegue você pelo braço?’ Quando entendi que eu estava em um ambiente de ameaça, eu comecei a gravar alguns áudios”.
Ela registrou um boletim de ocorrência na 3ª Delegacia Territorial (DT/Bonfim), que está investigando o caso.
O Conselho Regional de Enfermagem da Bahia (Coren-BA) repudiou a situação e exigiu uma investigação rigorosa. "É inaceitável que profissionais de Enfermagem, que dedicam suas vidas ao cuidado e à promoção da saúde, sejam alvos de qualquer forma de violência. Esses atos não só comprometem a integridade física e psicológica dos profissionais, mas também afetam negativamente a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.", diz parte da nota.
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