VAI À DELEGACIA
Vítima de intolerância religiosa em metrô de Salvador fará denúncia
Mulher vai apresentar depoimento na Delegacia Especializada do Pelourinho
Por Pevê Araújo
A jovem alvo de intolerância religiosa na tarde de segunda-feira, 15, dentro de um vagão do metrô de Salvador, vai na Coordenação Especializada de Repressão aos Crimes de Intolerância e Discriminação (Coercid) para fazer a denúncia do suspeito. O episódio ocorreu entre as estações Pituaçu e Tamburugy.
O depoimento da mulher será realizado na tarde desta terça-feira, 16, na Casa da Mulher Brasileira, na Tancredo Neves. Ela estará acompanhada de uma testemunha, do seu advogado e um representante da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi).
Confira o vídeo
Por meio do Instagram, a jovem falou sobre o sentimento de ser vítima de intolerância religiosa. "Hoje eu chorei muito, não suporto brigas, não suporto confusões, isso hoje acabou comigo em camadas que não consigo descrever. Ainda estou processando tudo. Achei que esse cara só era uma pessoa louca mesmo, pela forma que ele estava, com a boca que espumava ódio, mas estou lendo os comentários e outras pessoas já foram vítimas do mesmo", publicou.
Em nota, a Sepromi repudiou o caso e afirmou que a vítima foi hostilizada por ter em seu pescoço um fio de conta, comumente utilizado por religiosos de matriz africana.
"Assim que tomou conhecimento do ocorrido, a Sepromi acionou a Rede de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa e entrou em contato com o advogado da vítima, dando todo o suporte por meio do Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa Nelson Mandela", divulgou.
Ainda de acordo com a Sepromi, "intolerância religiosa é crime e deve ser punida de acordo com a legislação vigente".
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